Como fazer um bom planejamento estratégico para 2023
Com o final do ano chegando, é fundamental a estruturação do planejamento estratégico para 2023. As empresas precisam se preparar...

Com o final do ano chegando, é fundamental a estruturação do planejamento estratégico para 2023. As empresas precisam se preparar para o novo ano antecipadamente, definindo os próximos objetivos com base na avaliação do desempenho organizacional em 2022. Assim, é mais fácil para os gestores seguirem um fluxo coerente com a realidade dos negócios.
Saber quais resultados fizeram parte do crescimento da empresa neste ano, os gargalos que exigiram mudanças e correções ao longo dos processos e estudar o mercado e os concorrentes são pontos chave para um novo planejamento estratégico que seja eficiente e preciso.
Neste artigo, explicamos o conceito de planejamento estratégico e sua importância, quais são os principais tipos, dicas para criar o da sua empresa com excelência e como o ERP auxilia em cada etapa do planejamento. Confira!
O que é e qual é a importância do planejamento estratégico?
Para que uma empresa atinja o sucesso, são necessários pelo menos três passos. O primeiro é ter objetivos claros para a organização, o segundo é o planejamento estratégico e o terceiro é a execução. Quando uma empresa falha no cumprimento de um desses passos, as chances de o negócio falhar são grandes.
Os objetivos são como o norte da corporação e o planejamento estratégico, uma espécie de mapa, que mostra os possíveis caminhos para chegar até o destino com alto nível de produtividade e os processos ideais para isso.
É por meio do planejamento estratégico que o sucesso se torna factível, já que ele permite uma visualização de curto, médio e longo prazo. Assim, a empresa consegue direcionar, organizar e tornar os processos mais eficientes. A ferramenta orienta as empresas na tomada de decisões e na distribuição de recursos.
É aconselhável que toda e qualquer empresa, de qualquer porte e segmento de atuação, tenha um planejamento estratégico. É preciso envolver todas as equipes e os setores para que, juntos, independente do cargo, trabalhem com o mesmo foco e na mesma direção.
O que é preciso para realizar um planejamento estratégico?
Um planejamento estratégico bem executado vai além de todos os processos organizacionais. É preciso ter um olhar “do lado de fora”, que permita que gestores e líderes tenham foco e conhecimento da empresa por uma perspectiva externa.
Conhecer os colaboradores, saber de que forma eles se engajam, ver como o público enxerga o negócio e, principalmente, avaliar se a missão, a visão e os valores da organização estão alinhados com todo o planejamento.
É importante ter grandes objetivos com foco no crescimento dos negócios, mas, no momento da estruturação de um planejamento estratégico, é fundamental entender a atual realidade da empresa para a definição de um plano que seja coerente com ela e que ajude a mitigar os problemas que impedem o crescimento.
Na hora de realizar um planejamento estratégico, é preciso traçar um plano de como alcançar os objetivos por meio de projetos, recursos e ações específicas, além de também priorizar projetos que têm maiores impactos para a estratégia do negócio.
O cenário econômico e o impacto no planejamento estratégico

As ações estratégicas para o crescimento dos negócios devem ser tomadas com base não apenas nos propósitos da organização, mas também de acordo com o cenário econômico atual.
Os gestores precisam estar atualizados constantemente sobre a situação do mercado de forma geral e também do segmento em que atua.
Um levantamento feito pela Contabilizei, com dados da Receita Federal, mostrou que, no primeiro semestre de 2022, mais de 2 milhões de novas empresas foram abertas.
Com o crescimento de novos negócios, as organizações precisam de um planejamento compatível com a realidade, mas que também ajude a ganhar vantagem competitiva diante de tantos concorrentes.
Entender o cenário econômico diante das condições internas da organização é uma ótima estratégia para a criação do planejamento. Além disso, é fundamental que os líderes se atentem para fatores como:
- Conhecer bem o público externo;
- Descobrir o diferencial da empresa com base no mercado;
- Ter um bom posicionamento no segmento de atuação;
- Priorizar a satisfação e os feedbacks dos clientes e parceiros;
- Construir alianças comerciais estratégicas;
- Valorizar os colaboradores.
Perspectivas e tendências da economia para 2023
Para estruturar um planejamento estratégico eficiente para o próximo ano, os líderes precisam acompanhar as tendências e as perspectivas da economia em 2023. Dessa forma, é possível fazer um plano alinhado com os propósitos internos e externos.
É importante estudar sobre a atual realidade do mercado econômico e o impacto no segmento de atuação da empresa. No varejo, por exemplo, uma pesquisa da Opinion Box mostrou que uma das principais tendências para 2023 é a jornada de compra híbrida.
Dentre os entrevistados, 73% afirmaram que em 2022 compraram tanto online quanto em lojas físicas. É necessário fazer pesquisas de tendências voltadas para a empresa, para os fornecedores e sobre os novos perfis de compra dos consumidores.
O ano de 2023 em um geral deve exigir cautela das organizações, pois as perspectivas econômicas estão mornas. Por isso, a criação do planejamento estratégico deve ser ponderada para acompanhar a situação.
Segundo Waleska Custódio, analista de inteligência de mercado da Sankhya, é preciso estudar a fundo o cenário para fazer estratégias precisas e que estejam alinhadas ao fluxo financeiro do país para não correr riscos.
“A melhor forma de se antecipar é analisar bem as oportunidades e os riscos advindos de cenários diversos, sejam positivos ou negativos. Um bom planejamento estratégico pode mitigar os riscos de não crescimento ou recessão, mas não os eliminará. O melhor posicionamento é extrair as oportunidades e aproveitá-las ao máximo”, explica.
Conheça os tipos de planejamento estratégico

Existem diversos tipos de planejamento estratégico para atender às necessidades organizacionais. A seguir, listamos os três principais, que são focados para planos de curto, médio e longo prazo.
Planejamento estratégico (longo prazo)
É no planejamento estratégico que devem estar espelhados os principais objetivos, metas e decisões de longo prazo. Geralmente, neste tipo, se define o futuro da empresa entre 2 e 10 anos e pode incluir pontos como: expansão, definição sobre aquisição de novos equipamentos, planos para buscar investidores, desenvolvimento de novos produtos, entre outros.
Planejamento tático ou gerencial (médio prazo)
O que fazer amanhã para ajudar o futuro que quero construir. O planejamento tático ou gerencial funciona como um suporte e apoia os planos estratégicos de alto nível, sendo dividido em várias partes práticas como: planejamento tático de marketing, de vendas, de RH, financeiro etc. O planejamento tático se propõe a elaborar um plano de ataque a médio prazo (até 2 anos).
Planejamento operacional (curto prazo)
O que fazer hoje pra ajudar o futuro que quero construir. Esse tipo de planejamento garante o andamento saudável na rotina diária da empresa. Ou seja, é a gestão de processos organizacionais que garante que as metas e os objetivos definidos no planejamento estratégico estejam em pleno funcionamento no dia a dia.
Vantagens de fazer um planejamento estratégico
É no momento do planejamento estratégico que a liderança executiva decide quais objetivos irão alcançar em um determinado espaço de tempo e desdobra junto com os demais líderes quais serão os recursos e os investimentos necessários.
Realizar um planejamento eficiente e específico para esse processo garante vantagens às organizações que a praticam, como:
Gestão organizada
Um bom planejamento estratégico auxilia os líderes a ter clareza quanto ao papel que deverá ser cumprido pela instituição no mercado.
Comunicação alinhada
A divulgação do planejamento estratégico possibilita que todos os participantes entendam qual é o direcionamento e quais são as ações a serem feitas para atingir metas e resultados.
Ações tomadas com agilidade
O guia condutor de tomada de decisão de ações de uma empresa é o planejamento estratégico. Com ele, é possível decidir com maior agilidade quais decisões farão mais sentido para o crescimento do negócio.
Desenvolvimento e crescimento contínuo
Após vários ciclos de planejamento, uma série de aprendizados é absorvida e serve para incentivar mudanças nos processos operacionais e melhorar os resultados do futuro.
Identificação de oportunidades duradouras
Os levantamentos encontrados na fase de planejamento ajudam a organização a identificar oportunidades que não seriam possíveis sem esses dados e informações.
Antecipação de cenários
Mesmo com todo o planejamento possível, o mercado oferece intempéries por vezes imprevisíveis. Com um plano bem feito, as empresas conseguem identificar as mudanças externas.
Longevidade empresarial
Realizar um bom planejamento estratégico também assegura a durabilidade de vida de uma empresa. Por meio de objetivos definidos e flexíveis, é possível se adaptar às mudanças econômicas e comportamentais do mercado, se mantendo firme, mesmo com as intempestividades.
Dicas para um bom planejamento estratégico

Um bom planejamento estratégico deve apontar como a empresa sobreviverá de forma lucrativa e sustentável para atingir o sucesso. Para fazer um plano que seja coerente e eficaz para os negócios, algumas dicas são importantes, como:
1. Faça um diagnóstico realista da situação da empresa
Um erro comum de pequenas e grandes empresas é elencar os pontos fortes e fracos da organização somente com base em “achismos”. Fazer um bom levantamento interno e externo para entender a saúde da empresa é fundamental.
Internamente, é possível usar a análise SWOT para identificar quais são as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de mercado. Os gestores podem reunir o time e levantar o máximo de informações, além de analisar os diferenciais e os pontos que precisam ser melhorados.
Com o ambiente externo, é necessário fazer o mesmo. Entender o nível de satisfação e lealdade do consumidor, aplicando a metodologia NPS (Net Promoter Score), e perceber o contexto em que a empresa está inserida é importante para executar ações adequadas, e assim, alcançar os objetivos.
2. Fortaleça a identidade organizacional
Se a empresa está no mercado e não possui uma identidade organizacional forte, é hora de pensar em estratégias para fortalecer o negócio, como criar ou rever a missão, a visão e os valores e trabalhar para que eles fiquem claros tanto para o público interno quanto para o externo.
A identidade organizacional funciona como um importante guia para contratar pessoas, fechar contratos e lançar produtos e serviços no mercado. Se a organização está com essa parte bem estruturada, é preciso avaliar se tudo está sendo seguido da maneira correta. Caso não esteja, é necessário criar estratégias de alinhamento.
3. Defina metas realistas e estipule indicadores de sucesso
Uma vez que a identidade organizacional foi alinhada, é hora de criar metas e estratégias para atingir a visão proposta pela empresa, como desenvolver um objetivo geral e ‘quebrar’ em metas de vendas, marketing, recursos humanos e assim por diante. É fundamental que os gestores sejam realistas e validem a possibilidade real das metas serem atingidas.
Outro fator essencial é usar indicadores para acompanhar o desempenho. Dessa forma, se uma das metas é conquistar um faturamento pré-definido, por exemplo, o próprio faturamento mensal será um dos indicadores a ser acompanhado ao longo dos meses.
4. Construa um plano de ação factível
No início deste artigo, citamos sobre a importância de planejar e executar os planejamentos estratégicos. É nesta etapa que se inicia o processo de execução para montar um plano de ação factível. O plano de ação é a ferramenta que viabiliza a conquista das metas e dos objetivos definidos, com base em um cronograma possível e na definição de responsáveis.
Como nem tudo pode ser prioridade, é fundamental elencar as ações para que elas aconteçam por ordem de importância. Com isso, o que for mais simples ou urgente deve ser realizado primeiro.
5. Faça o acompanhamento disciplinado
Após o diagnóstico realista da situação da empresa, a criação de estratégias para fortalecer a identidade organizacional, a definição de metas e indicadores e a construção de um plano de ação factível, é hora de acompanhar e analisar o plano e garantir que todo o planejamento estratégico seja bem executado.
Os gestores podem definir uma periodicidade de encontros entre o time para verificação de indicadores e alinhamento de resultados. Geralmente, as reuniões são semanais para que qualquer alteração seja feita com agilidade e eficiência.
É preciso que esta etapa tenha flexibilidade para revisar e redefinir a análise SWOT, as metas e o plano de ação sempre que for preciso. Afinal, o mercado é dinâmico e exige adaptações.
A importância dos indicadores para a execução do planejamento
Como já dissemos anteriormente, para que o planejamento estratégico tenha sucesso, é de suma importância saber escolher quais são os melhores indicadores e as métricas para cada meta.
Os indicadores de desempenho são divididos em dois grandes grupos:
Indicadores de desempenho estratégicos
Trabalham com as metas da empresa e com comparações das ações de gestões anteriores com as atuais.
Indicadores de desempenho de qualidade
Visam trabalhar com possíveis falhas na produção de produtos, na gerência ou na prestação de serviços e consertar falhas.
Dados do Sebrae mostram que a maioria das empresas que chegam à falência nos dois primeiros anos de vida têm uma gestão de KPIs deficiente. Por outro lado, é possível observar que uma organização que faz uso dos indicadores aumenta seu desempenho a curto, médio e longo prazo.
Além disso, é através das métricas que os gestores conseguem analisar os principais erros estratégicos, que geraram resultados negativos, e reverter em planejamento estratégico de sucesso.
Waleska Custódio reforça que “o aprendizado com os próprios erros pode ser um fator ponderante de sucesso a longo prazo, entendendo que é justamente dos erros cometidos que podem surgir os melhores insights e resultados.”
Portanto, KPIs e planejamento estratégico estão intrinsecamente ligados. Isso porque os indicadores devem ser usados para mensurar a execução, identificar melhorias e prevenir erros.
Como o ERP contribui para o planejamento estratégico?

O ERP permite a integração de dados e processos, tornando mais eficientes e práticas atividades que são mais burocráticas. Possuir um software de gestão é um ponto chave para empresas que desejam realizar um bom planejamento estratégico, uma vez que oferece as informações necessárias para definir objetivos e estruturar um bom plano.
Um grande aliado nesse planejamento é o GPD Sankhya ou Gerenciamento por Diretrizes, uma metodologia que utiliza o sistema de gestão para transformar diretrizes em boas metas estratégicas. Com o GPD, é possível subdividir um objetivo principal em metas menores e, assim, facilitar a execução para os colaboradores.
Para que essas metas menores sejam bem feitas e os funcionários consigam concluí-las com qualidade, é importante utilizar as ferramentas específicas do GPD. Entre as principais, podemos citar:
- Indicadores de desempenho (através do critério SMART);
- Uso do PDCA (Plan-Do-Check-Act);
- Análises de causas e efeitos;
- Dashboards (acompanhamento dos indicadores);
- Reuniões para feedbacks.
Com o ERP Sankhya, é possível fazer uma gestão completa dos projetos e de todos os processos, gerenciar a performance do time e avaliar se a execução do planejamento está fluindo de acordo com o que foi estruturado. E tudo isso com uma visão ampla e detalhada da empresa por meio dos indicadores.
Quer conhecer mais sobre os KPIs que auxiliam na execução de um bom planejamento estratégico para a sua empresa? Baixe nosso guia prático sobre os 10 principais indicadores.