Afinal, qual é a função do mapa de risco em uma empresa? A cada 49 segundos, um acidente de trabalho é registrado no Brasil, segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.
Somente em 2022, foram mais de 612 mil acidentes formais no país, sem contar os inúmeros casos não notificados no setor informal. Essas estatísticas reforçam a urgência de práticas mais eficazes de prevenção de acidentes e a necessidade de consolidar uma cultura de segurança do trabalho dentro das empresas.
Nesse cenário, o mapa de risco é uma das ferramentas mais poderosas e estratégicas para identificar, classificar e comunicar os riscos ocupacionais presentes nos ambientes de trabalho.
Além de ser exigido por normas regulamentadoras, ele auxilia gestores, técnicos de segurança e líderes de operação a tomarem decisões mais seguras e sustentáveis.
Neste artigo, você vai entender o que é um mapa de risco, sua importância, os tipos de riscos que ele contempla, como elaborá-lo corretamente e como ferramentas como o Sankhya RH, com o módulo da Vixting, podem facilitar a gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) de forma integrada e inteligente.

O que é um mapa de risco?
O mapa de risco é um recurso gráfico que permite identificar, classificar e visualizar os diversos riscos ocupacionais presentes nos diferentes setores de uma organização.
Por meio do uso de círculos com cores e tamanhos distintos, é possível representar tanto o tipo de risco quanto o grau de severidade a que os trabalhadores estão expostos.
Essa abordagem visual contribui significativamente para a compreensão dos perigos existentes no ambiente de trabalho e fortalece as ações voltadas à segurança do trabalho. Sua principal função é evitar acidentes e doenças ocupacionais, promovendo ações de orientação, prevenção e controle.
A origem desse método remonta a um modelo italiano conhecido como Mappe di Rischio. No Brasil, ele foi adaptado à legislação local e incorporado à Norma Regulamentadora nº 5 (NR5), que define as responsabilidades da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) na gestão dos riscos no ambiente de trabalho.
Para que serve o mapa de risco?
O mapa de risco serve para diversas finalidades estratégicas na empresa:
- Diagnóstico e conscientização: Permite identificar os pontos críticos de risco em cada setor e sensibilizar os colaboradores sobre os perigos.
- Planejamento de ações preventivas: Apoia a elaboração de Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e demais planos de SST.
- Gestão de recursos e investimentos: Ajuda na priorização de investimentos em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos, sinalizações e melhorias estruturais.
- Conformidade legal: Atende às exigências da NR5 e é uma ferramenta importante em auditorias internas e externas.
- Integração com outras áreas: Facilita a comunicação entre a equipe de Segurança do Trabalho, Recursos Humanos (RH), Operações e Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA).
Os tipos de riscos
No Brasil, existe uma padronização por cores para identificar os diferentes tipos de riscos ocupacionais, conforme as orientações da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro). Veja a seguir:
- Riscos Físicos (cor verde): envolvem agentes como ruídos intensos, vibrações constantes, variações anormais de pressão, radiações, além de temperaturas extremas (calor ou frio) e exposição à umidade.
- Riscos Químicos (cor vermelha): estão relacionados à presença de substâncias nocivas no ambiente, como poeiras, fumos, neblinas, gases, vapores e materiais tóxicos que possam ser inalados, absorvidos ou ingeridos.
- Riscos Biológicos (cor marrom): incluem agentes como vírus, bactérias, fungos, protozoários, parasitas e bacilos, geralmente encontrados em ambientes hospitalares, laboratórios ou locais com resíduos orgânicos.
- Riscos Ergonômicos (cor amarela): dizem respeito a fatores que afetam a saúde devido à má adaptação entre o trabalhador e as condições de trabalho, como movimentos repetitivos, esforço físico excessivo, posturas inadequadas, monotonia e carga de trabalho elevada.
- Riscos Mecânicos ou de Acidentes (cor azul): englobam situações que podem causar lesões físicas diretas, como contato com máquinas sem proteção, superfícies escorregadias, instalações elétricas, riscos de quedas, incêndios ou cortes.
No mapa de risco, esses perigos são indicados por círculos coloridos. A dimensão do círculo utilizado no mapa corresponde à intensidade ou frequência do risco identificado: círculos maiores indicam níveis mais altos de perigo no ambiente de trabalho.
Essa abordagem facilita a leitura e a identificação visual dos pontos críticos em cada setor da empresa.
Benefícios do mapa de risco nas empresas
Manter um mapa de risco sempre atualizado gera diversos ganhos para a empresa:
- Diminuição dos acidentes ocupacionais: Ao promover a conscientização e adotar medidas preventivas, a empresa consegue minimizar o número de incidentes e afastamentos dos colaboradores.
- Diminuição de passivos trabalhistas: Empresas que atuam preventivamente evitam multas, processos e indenizações.
- Melhoria do clima organizacional: Colaboradores se sentem mais seguros e valorizados quando há uma cultura de segurança.
- Atendimento às normas legais: O mapa é um dos requisitos da NR5 e contribui para estar em dia com auditorias.
- Eficiência operacional: Ambientes mais seguros reduzem interrupções nas atividades e melhoram a produtividade.
- Decisões estratégicas baseadas em dados: Quando aliado a sistemas digitais, o mapa pode gerar insights valiosos para a gestão de SST.
O que diz a NR5 sobre o mapa de risco?
A NR5, que trata da CIPA, estabelece que a elaboração do mapa de risco é uma das atribuições dessa comissão. Segundo a norma:
“Compete à CIPA identificar os riscos do processo de trabalho, elaborar o mapa de risco com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), onde houver.”
Isso significa que o mapa deve ser construído de forma colaborativa, envolvendo os próprios trabalhadores do setor avaliado, com suporte técnico dos profissionais de segurança e saúde ocupacional.
A ideia é garantir participação ativa e promover educação em segurança do trabalho.
Além disso, a NR5 determina que o mapa deve estar visível nos setores onde foi elaborado, promovendo transparência e acessibilidade às informações.
Como elaborar um mapa de risco
A seguir, um passo a passo simplificado para elaborar um mapa de risco eficiente na sua empresa:
- Forme uma equipe multidisciplinar: Envolva representantes da CIPA, técnicos de segurança, supervisores e colaboradores do setor.
- Identifique os ambientes de trabalho: Mapeie todos os setores da empresa que serão analisados.
- Reconheça os riscos: Realize visitas técnicas, inspeções e entrevistas para levantar os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.
- Classifique os riscos: Determine a intensidade (pequena, média, grande) e frequência de exposição.
- Elabore o croqui do ambiente: Represente graficamente o setor com seus equipamentos e espaços.
- Insira os riscos no mapa: Utilize círculos coloridos (padrão da Fundacentro) conforme a classificação dos riscos identificados.
- Exponha o mapa em um ponto de fácil visualização: Certifique-se de que todos os colaboradores possam acessá-lo e consultá-lo sempre que necessário.
- Atualize o mapa periodicamente: Sempre que houver mudanças no processo ou no layout do ambiente, o mapa deve ser revisto.
Hoje, ferramentas digitais como as oferecidas pela Sankhya RH facilitam muito esse processo, integrando a gestão de risco com as demais informações do colaborador e da empresa.
Sankhya RH: suíte completa para gestão de pessoas
Quando falamos em gestão de pessoas, não estamos nos referindo apenas à folha de pagamento, admissões ou desenvolvimento de talentos.
A verdadeira gestão estratégica de RH também passa pela proteção da saúde e segurança dos colaboradores, e é aí que entra o Sankhya RH, a suíte completa que integra soluções especializadas em todas as etapas da jornada do colaborador.
No âmbito dessa solução, a Vixting atua modernizando a gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), tornando-a mais tecnológica, eficaz e em conformidade com as normas legais. Ao utilizar os recursos da Vixting, as empresas conseguem garantir conformidade com as NRs, mitigar riscos legais e promover um ambiente mais seguro para todos.
Confira os principais benefícios da Vixting no contexto de mapa de risco e segurança do trabalho:
- Emissão automatizada e digital do PGR e do Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT);
- Aplicação completa de todas as NRs (incluindo a NR5);
- Administração eficiente dos treinamentos de segurança, com certificação reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
- Monitoramento automático das datas de validade dos exames periódicos e dos Atestados de Saúde Ocupacional (ASOs);
- Clínicas credenciadas e autoagendamento digital de exames;
- Integração com os demais módulos do Sankhya RH.
Essa integração favorece a atuação de técnicos de segurança do trabalho, gestores de SSMA, RHs estratégicos e até auditores, promovendo uma gestão preventiva, colaborativa e eficiente da segurança ocupacional.

Conclusão
A construção de um ambiente de trabalho seguro, produtivo e conforme à legislação passa necessariamente pela elaboração e atualização do mapa de risco.
Mais do que atender a uma exigência legal, essa ferramenta contribui para preservar vidas, diminuir despesas, aumentar a eficiência operacional e fortalecer os valores da empresa.
Se você atua como técnico de segurança do trabalho, gestor de SSMA, RH ou está à frente das operações, vale considerar o apoio de tecnologias integradas como o Sankhya RH com a solução da Vixting para transformar sua gestão de SST em um diferencial competitivo.