Em um cenário de constante evolução tributária e aumento na fiscalização, o conceito de Split Payment (ou pagamento dividido) ganha destaque como uma solução moderna e eficiente para empresas que buscam mais controle, transparência e conformidade no recolhimento de tributos.

Neste artigo, vamos explorar o que é o Split Payment, como ele funciona, os impactos diretos no ambiente empresarial brasileiro e como cada área da empresa pode se preparar de forma prática para a mudança.

O que é o Split Payment?

O Split Payment é um modelo de pagamento que separa automaticamente a parte do valor de uma transação referente aos tributos, transferindo esse montante diretamente para o fisco, enquanto o restante é destinado ao fornecedor. Na prática, o imposto não passa mais pelas mãos da empresa contribuinte, reduzindo o risco de inadimplência e sonegação.

Esse sistema, já adotado em países como Itália e Polônia, começa a ganhar espaço no Brasil como uma das estratégias da reforma tributária para simplificar e tornar mais eficiente a arrecadação de impostos. Ele atua como uma ponte entre a operação comercial e o recolhimento de tributos, eliminando etapas intermediárias.

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Exemplo prático

Imagine uma empresa de e-commerce que realiza uma venda de R$ 1.000,00. Se o imposto sobre essa transação for de 12%, R$ 120,00 são automaticamente enviados para o governo e R$ 880,00 para o vendedor. Tudo isso de forma automatizada e sem risco de erro manual.

Esse mecanismo também pode ser aplicado em transações B2B, facilitando o cumprimento de obrigações fiscais complexas e reduzindo o tempo gasto com conciliações e apurações manuais.

Quais os impactos do Split Payment no Brasil?

A implementação do Split Payment traz uma série de impactos significativos para empresas e para o sistema tributário como um todo:

1. Maior controle do fluxo de caixa

Ao automatizar a separação de tributos, o Split Payment permite que o departamento financeiro tenha uma previsão mais precisa dos valores que realmente ficarão disponíveis para o caixa da empresa. Isso reduz surpresas desagradáveis no fechamento do mês e melhora a capacidade de planejamento do fluxo de caixa.

2. Redução da sonegação fiscal

Com os tributos sendo recolhidos diretamente na origem, o sistema minimiza as brechas para fraudes e sonegação. Isso representa um ganho importante para o governo, mas também para empresas que atuam de forma íntegra e sofrem com a concorrência desleal.

3. Simplificação das obrigações tributárias

A adoção do Split Payment reduz a complexidade na apuração e pagamento dos tributos, aliviando a carga operacional sobre as áreas fiscais e contábeis. Isso libera tempo e recursos para tarefas mais estratégicas, como o planejamento tributário e a análise de riscos fiscais.

4. Previsibilidade na arrecadação

Para o fisco, o modelo garante maior regularidade e previsibilidade na arrecadação. Já para as empresas, reduz-se o risco de penalidades por erros de cálculo ou atrasos, além de minimizar autuações e retrabalho.

5. Integração de sistemas

O modelo exige que as empresas invistam em soluções tecnológicas capazes de realizar cálculos e repasses automáticos, o que promove a modernização dos processos internos e a adoção de ERPs mais robustos.

Split Payment e a reforma tributária

O modelo brasileiro de Split Payment está sendo desenhado para causar mínima interferência nas práticas comerciais, conforme destacado por Bernard Appy, Secretário Extraordinário da Reforma Tributária. Esse cuidado visa preservar a dinâmica das operações empresariais e garantir uma transição mais fluida para o novo sistema.

A aplicação do Split Payment está diretamente relacionada à reforma tributária em curso no Brasil, que propõe a substituição de diversos tributos por dois novos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência estadual e municipal. O Split Payment será aplicado especificamente a esses novos tributos, contribuindo para maior controle e eficiência na arrecadação.

Segundo Bernard Appy, o novo modelo tem como prioridade manter a fluidez das operações comerciais e reduzir ao máximo os impactos práticos sobre os processos já existentes nas empresas.

Exemplo com a nova legislação

Imagine um marketplace que intermedia a venda de produtos entre diversos fornecedores. Com o Split Payment, a própria plataforma pode automatizar a retenção e repasse dos tributos correspondentes a cada fornecedor, tornando o processo mais transparente e menos sujeito a erros.

Esse controle automatizado evita atrasos e divergências, além de oferecer ao consumidor final mais segurança sobre a regularidade fiscal da compra.

Quando entra em vigor o Split Payment?

O Split Payment está previsto para entrar em vigor de forma gradual a partir de 2027, como parte da operacionalização dos novos tributos sobre o consumo (IBS e CBS). No entanto, antes da implementação oficial, o sistema será testado em 2026 com a participação de empresas selecionadas, que fornecerão feedback sobre o seu funcionamento.

A adoção será faseada, com início pelas transações entre empresas (B2B), e a obrigatoriedade para outras modalidades, como transações entre empresas e consumidores finais (B2C), deverá ocorrer em fases posteriores. Inicialmente, a adesão ao modelo será opcional para as operações B2B.

Empresas que se antecipam e ajustam seus sistemas desde já tendem a se adaptar mais rapidamente e com menos fricção ao novo cenário fiscal.

Quem pode ser afetado pelo Split Payment?

O Split Payment terá impacto direto em vários segmentos e departamentos:

  • Departamentos financeiros, que precisarão adaptar sistemas e fluxos para considerar a nova forma de pagamento. Isso inclui revisão de contratos, controle de contas a pagar e integração com o ERP.
  • Equipes fiscais e contábeis, que terão novas rotinas de validação, conciliação e auditoria de tributos, exigindo domínio sobre regras e legislação atualizadas.
  • Empresas de marketplace e e-commerce, que deverão garantir a distribuição correta dos valores entre fornecedores e fisco, além de prestar contas detalhadas das operações.
  • Setores de logística e operações, que lidam com diversos prestadores de serviço e podem se beneficiar com mais controle na divisão dos pagamentos, evitando gargalos na cadeia de suprimentos.

Além disso, fornecedores de tecnologia e prestadores de serviço B2B também devem adaptar suas plataformas para suportar esse novo modelo, garantindo aderência à legislação e fluidez nas integrações com sistemas fiscais.

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Como se preparar para o Split Payment?

A adoção do Split Payment exigirá uma mudança cultural e tecnológica dentro das empresas. Algumas ações práticas incluem:

  • Mapear processos financeiros e fiscais e identificar os pontos que precisarão ser adaptados
  • Treinar equipes sobre o novo modelo, regras tributárias e funcionamento das ferramentas;
  • Revisar contratos com fornecedores e parceiros, considerando cláusulas de responsabilidade fiscal;
  • Investir em tecnologia de gestão tributária que permita a automação e integração com sistemas internos e externos.

Essa preparação deve ser liderada por uma equipe multidisciplinar, envolvendo TI, jurídico, contábil e finanças, garantindo que todas as áreas estejam alinhadas com as exigências futuras.

Sankhya Tax: solução de gestão tributária nativa no ERP

Com o avanço da reforma tributária, as empresas precisam se adaptar a um modelo fiscal mais automatizado, rigoroso e com menos margem para erro. Nesse novo cenário, contar com uma ferramenta especializada torna-se indispensável para garantir eficiência, conformidade e agilidade na gestão dos tributos.

O Sankhya Tax, solução nativa da plataforma EIP Sankhya, foi desenvolvido com foco total nas novas exigências trazidas pelo modelo de recolhimento direto de tributos. A solução automatiza o cumprimento das obrigações tributárias em tempo real, garantindo total aderência à legislação fiscal e reduzindo significativamente a exposição a riscos e autuações.

Ao integrar diferentes fontes de dados, realizar cálculos precisos de tributos e monitorar operações com alto risco fiscal, o Sankhya Tax simplifica a rotina do time fiscal e contábil, mesmo em contextos complexos e descentralizados.

Veja o que o Sankhya Tax oferece:

  • Cálculo automático e em tempo real dos tributos, com base na operação e legislação vigente;
  • Segregação de valores por tipo de imposto, automaticamente direcionados para a contabilidade e escrituração correta;
  • Conciliação tributária inteligente, reduzindo falhas humanas e retrabalho;
  • Geração de relatórios com visão fiscal integrada, apoiando a tomada de decisões estratégicas;
  • Monitoramento de operações com risco fiscal elevado, com alertas e rastreabilidade total;
  • Integração completa com os demais módulos do ERP Sankhya, promovendo fluidez e consistência nos dados;
  • Atualizações constantes, com total aderência à reforma tributária.

Com o Sankhya Tax, sua empresa ganha previsibilidade, segurança e produtividade em um momento de profunda transformação fiscal. É a solução ideal para quem busca transformar a gestão tributária em um diferencial competitivo e estratégico. Além disso, ao minimizar falhas humanas e automatizar processos críticos, a empresa também reduz custos operacionais e aumenta sua segurança jurídica.

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