O Edge Computing representa uma revolução na forma como os dados são processados e gerenciados, deslocando o poder computacional para mais próximo da fonte de geração de informações. 

Quando descentralizado, oferece uma resposta eficaz aos desafios da computação tradicional em nuvem, ao possibilitar o processamento localizado, próximo aos dispositivos de origem. 

Hoje, quero conversar com você sobre o conceito de Edge Computing, como ele se diferencia do Cloud Computing e como pode ser aplicado no seu negócio. Confira!

O que é Edge Computing?

Edge Computing ou, em português, computação na borda, é uma solução que descentraliza o processamento de dados ao levar a capacidade de organizar e armazenar para mais próximo da fonte de geração de informações

Essa abordagem busca melhorar a eficiência na transmissão de dados e oferecer respostas ágeis, sendo vantajosa em ambientes que exigem baixa latência, como na Internet das Coisas (IoT) e em aplicações em tempo real.

Como o Edge Computing funciona na prática e exemplos

Ao contrário dos modelos convencionais em nuvem, em que os dados são enviados para data centers remotos, o Edge Computing realiza o processamento localizado em dispositivos próximos, como servidores, gateways e dispositivos IoT. Essa proximidade à origem das informações permite respostas quase instantâneas. 

Além disso, o Edge Computing alivia a carga nos links de comunicação, já que apenas dados relevantes são transmitidos para a nuvem, economizando largura de banda. 

Isso é importante em cenários em que a agilidade na tomada de decisões é crítica, como em aplicações industriais, veículos autônomos e sistemas de monitoramento em tempo real. 

Uma pesquisa da Grand View Research prevê que, até 2030, o setor de Edge Computing alcance uma receita superior a US$155 bilhões, apresentando uma taxa de crescimento anual de mais de 38% de 2022 até o final da década.

Isso mostra como essa tecnologia está cada vez mais em evidência e consegue atender a diversas situações e distintos negócios.

No futuro, quando forem mais comuns os carros autônomos, por exemplo, tudo o que acontece dentro dele ficará registrado no próprio aparelho, que será o automóvel. Isso significa que o veículo se mantém conectado a um servidor central. 

Mas, caso o usuário não queira que esse servidor central disponibilize todas as suas informações e localizações, ele tem a opção de deixar esses dados apenas no seu próprio dispositivo.

Já informações relacionadas à saúde do usuário, como exercícios que ele pratica e desempenho esportivo, podem ser também ocultadas para não estarem disponíveis a patrocinadores do aparelho, governo, empresa de plano de saúde, entre outros. 

Assim, a pessoa pode ter um software inteligente, que ajuda na gestão da saúde e de forma privada. 

Muitos dados e informações ficam disponíveis apenas no dispositivo do usuário e não são processados em um servidor central, e sim, na periferia das bordas em cada um dos locais. Isso é possível porque a capacidade de processamento cresce e, mesmo aparelhos pequenos e baratos, podem ter um ótimo armazenamento.

Qual é a diferença entre Edge Computing e Cloud Computing?

A diferença entre Edge Computing e Cloud Computing está principalmente na localização do processamento de dados

O Edge Computing é uma complementação do Cloud Computing. Enquanto o Cloud Computing está concentrado em data centers remotos, proporcionando escalabilidade e armazenamento centralizado em nuvem, o Edge Computing leva esse processamento para mais próximo da fonte de geração de informações. 

O Cloud Computing oferece eficiência em larga escala e o Edge Computing destaca-se por sua capacidade de proporcionar respostas rápidas e processamento localizado

Além disso, é importante para diversas situações em que a empresa tem dados e informações que não deseja compartilhar em um servidor central.

A relação de Edge Computing e IoT

Edge Computing e Internet das Coisas (IoT) são duas tendências tecnológicas interconectadas que desempenham papéis complementares, revolucionando a forma como os dados são processados e utilizados.

A Internet das Coisas refere-se à rede de dispositivos conectados, capazes de coletar e trocar dados entre si, proporcionando diversas informações em tempo real. 

No entanto, a eficácia da IoT esbarra em desafios como a latência, causada pelo envio de dados para a nuvem para processamento centralizado.

É aqui que o Edge Computing se destaca como um elemento essencial na otimização do funcionamento da IoT. 

Em vez de depender exclusivamente de data centers remotos, o Edge Computing descentraliza o processamento, permitindo que tarefas computacionais sejam executadas em dispositivos locais, próximos à fonte de geração de dados.

São diversas as aplicações práticas entre essas tecnologias. Em setores como a automação residencial, dispositivos IoT, como termostatos inteligentes e câmeras de segurança, podem se beneficiar do Edge Computing ao realizar análises locais para decisões imediatas. 

Em ambientes industriais, sensores IoT integrados às máquinas podem processar dados localmente, melhorando a eficiência operacional e reduzindo a dependência de uma conexão constante com a nuvem.

A relação entre Edge Computing e IoT fortalece a capacidade de ambas em oferecer soluções ágeis, eficientes e adaptáveis. Isso ajuda nas inovações em diversos setores, proporcionando avanços na conectividade e no processamento de dados.

Veja abaixo o vídeo em que falo sobre este assunto.

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