Uma inovação que começou a ser implementada a partir de fevereiro de 2020, conhecida como Pix, tem como principal objetivo facilitar as transferências bancárias, transformando-as em instantâneas e gratuitas.

O Pix, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, promete a realização de transferências e pagamentos, inclusive de contas, em 10 segundos.

Apesar de ser uma tecnologia relativamente nova, o Pix já tem ganhado o coração dos brasileiros e se tornou a segunda forma de pagamento mais utilizada no país, segundo uma reportagem da CNN.

Com base nisso, é mais do que certo afirmar que o Pix veio para ficar. Mas, o seu ERP está pronto para isso?

Para que você conheça um pouco mais sobre o Pix, continue a leitura deste artigo e descubra o que eu, Mestre do ERP, tenho a ensinar sobre o assunto.

Qual a função do Pix?

Apesar de ser uma ferramenta muito simples na prática, existe uma grande estrutura por trás do Pix, que veio para trazer uma democratização dos meios de pagamento no Brasil.

Outro sentido atribuído ao Pix é tornar os aparelhos celulares, smartphones, ainda mais familiarizados com pagamentos, democratizando o acesso à bancalização – ou seja, o acesso aos serviços bancários.

Existem muitos lugares no mundo em que um dos elementos complicadores da democratização dos serviços financeiros era a ideia de que a pessoa precisava ter uma conta bancária com cartão, e que isso implicasse certos tipos de taxas e burocracias.

Os pagamentos no estilo do Pix começaram na Europa, com uma ideia que os bancos tiveram para tornar mais simples todo o processo de acesso ao serviço bancário, sem precisar de emissão de cartão, sem a necessidade de fazer trocas e toda aquela confusão em torno de senhas e fraudes em relação aos cartões.

Sendo assim, na Europa, os bancos criaram seus próprios programas de meios de pagamento, inclusive como forma de escapar das taxas de administradoras de cartão, além de todo o processo logístico envolvido na produção e distribuição dos cartões.

Em outros lugares do mundo, como aconteceu no México e no Brasil, uma autoridade central abraçou a causa e garantiu de que todo o planejamento dos meios de pagamento mais democráticos ficasse sobre uma única ideia.

Aqui no Brasil, como abordado acima, quem cuidou de realizar todo esse processo foi o Banco Central, desenvolvendo uma estrutura para que os meios de pagamento ficassem concentrados em um único lugar, sobre uma única legislação. Assim surgiu o Pix!

Para as pessoas físicas, o Pix é completamente gratuito. Já para as pessoas jurídicas, os bancos podem cobrar o serviço do Pix, mas de uma forma mais barata do que as taxas que eram cobradas por administrações dos serviços de cartão.

Existem muitos lugares do mundo, inclusive, em que já praticamente não existem mais aqueles meios de pagamento com um cartão que se coloca em uma maquininha. 

Na China e no Japão, por exemplo, essa forma de pagamento física já se tornou uma imensa raridade. Já não existem aquelas máquinas onde você passa o cartão, é tudo feito pelo celular.

No que o Pix impacta um ERP?

O Brasil tende a acompanhar essa tendência, em que cada vez mais os meios de pagamento serão substituídos por celulares, o que nos leva a seguinte questão: o seu ERP tem que estar preparado para isso.

É claro que, observando o aspecto, os ERP’s já vão estar nativamente preparados para isso, porque, como meio de pagamento, o Pix pode funcionar totalmente fora do ERP.

Basta ir a uma loja ou a um lugar qualquer, fazer o depósito do Pix para o comerciante ou fornecedor, e esse depósito quando cair na conta dele irá gerar um certificado – um comprovante – que ele pode imprimir e colocar em seu caixa. 

No entanto, desta forma, o Pix está funcionando por fora do ERP, que não tem nada a ver com esse processo.

Por outro lado, existem ERP’s que fazem uma conexão direta com o banco, gerando o chamado QR Code estático, ou o QR Code dinâmico.

O QR Code estático gerado pelo sistema é um código que irá trazer sempre as mesmas informações que, ao serem lidas pelo celular, vão te levar para uma certa conta corrente da instituição para qual você irá fazer o Pix.

Assim, você pode escanear o código e instantaneamente obter as informações sobre a conta corrente para a qual você irá fazer a transferência.

O QR Code dinâmico é aquele em que o seu processo de venda já gera um QR Code cujo quando o cliente escanear, o Pix já irá saber qual é a conta e o valor, realizando imediatamente a transferência e encaminhando para o ERP a informação de que aquele pagamento foi recebido, tornando todo esse processo gerenciável dentro do seu ERP.

Esse tipo de controle por meio do ERP é extremamente interessante em um mundo no qual o Pix vem ganhando tanta força, sendo uma grande comodidade para o seu cliente. 

Além do mais, receber os pagamentos desta forma é uma vantagem, afinal, você estará pagando uma taxa bem mais baixa do que pagaria para a administradora do cartão, sendo mais seguro e instantâneo.

Os melhores ERP’s já virão com essa funcionalidade nativamente, então o recomendado pelo mestre do ERP é que você opte por um sistema que te forneça isso “de fábrica”.

No entanto, até nos ERP’s que não oferecem esse tipo de comodidade nativamente, é possível realizar integrações com módulos que consigam te ajudar a gerenciar os pagamentos feitos por Pix.

Independente de qual ERP você irá escolher, exija do seu fornecedor que seu sistema obtenha esse tipo de integração o quanto antes. 

Quer saber mais sobre o que eu penso sobre o Pix? Assista o vídeo que publiquei em meu canal, Mestre do ERP, sobre o assunto: