Com a tecnologia evoluindo muito rápido e cada vez mais essencial em uma organização, seu uso para aprimorar a estruturação das estratégias de negócios passa a ser um fator importante. Somado a isso, as mudanças no comportamento de compra dos consumidores levam as empresas a sentirem que é preciso repensar o modelo de negócio e aderir a um novo conceito de inovação para conseguirem se destacar no mercado.

Neste artigo, explicamos o que é modelo de negócio, quais são os tipos mais comuns e dicas importantes de como construí-lo e desenvolvê-lo de maneira adequada. Confira!

O que é modelo de negócio?

O modelo de negócio é uma ferramenta que auxilia empresas a estruturar seus projetos de forma eficiente, dinâmica e facilitando a execução das etapas. É uma criação dos suíços Alex Osterwalder e Yves Pigneur, com o intuito de ampliar o entendimento do funcionamento de um negócio.

Através de um escopo, a ideia do modelo de negócio é mostrar para os gestores e empreendedores uma visão objetiva de todas as partes do negócio com detalhamentos, para entender o funcionamento geral da empresa e qual o nível de integração dos setores.

Segundo Alex Osterwalder, as organizações precisam de alguns elementos que são essenciais para que o modelo de negócio criado tenha uma estrutura definida e ajude no direcionamento das atividades que precisam ser executadas:

  • Segmento de clientes;
  • Proposta de valor;
  • Canais de comunicação e distribuição;
  • Relacionamento com clientes;
  • Atividades-chave;
  • Parcerias;
  • Recursos principais;
  • Estrutura de custos;
  • Fontes de receita.

Qual é a diferença entre modelo de negócio e plano de negócio?

É importante que os gestores entendam a diferença entre modelo de negócio e plano de negócio para que a estruturação dos objetivos da empresa sejam feitos da maneira correta. A seguir, explicamos cada um dos conceitos:

Modelo de negócio

É um documento totalmente visual, para que a organização consiga ter uma ideia ampla de como o negócio está entregando e gerando valor. Ele é totalmente ajustável e pode ser feito sempre que sentir necessidade.

Plano de negócio

A empresa possui apenas um plano de negócio e ele é rico em detalhes sobre as especificidades da empresa, como por exemplo a parte jurídica, processual e contábil.

Quais são os tipos de modelos de negócio?

Atualmente, existem alguns tipos de modelo de negócio que são mais usados pelas organizações. São modelos que vão desde os mais tradicionais até os mais atualizados que caminham junto com as mudanças que vão acontecendo no mercado.

Franquia

Um dos modelos mais tradicionais e conhecidos no mercado, a franquia é a venda de produtos ou serviços de uma marca ou patente em lugares estratégicos como shoppings, por exemplo. Empreendedores compram a franquia e conseguem comercializar e ter todo o acesso ao que a marca proporciona.

Assinatura

Através de pagamento por taxa (que pode ser por semana, mês ou ano), esse tipo de modelo de negócio precisa de boas estratégias, eficiência e qualidade no produto ou serviço oferecido para manter a fidelização do cliente

Freemium

Um modelo de negócio mais moderno, o freemium é uma variação da assinatura citada acima. Ele oferece ao cliente a opção de serviços gratuitos e pagos para que ele escolha qual mais se encaixa ao que procura. A assinatura gratuita é uma estratégia da empresa para incentivar a compra dos produtos e serviços premium, que possuem mais vantagens.

Isca e anzol

Esse modelo tem a estratégia de unir dois produtos ou serviços (um dependente do outro) no mesmo combo, geralmente um com preço mais acessível para que o consumidor sinta a necessidade de sempre comprá-los juntos. 

Marketplace

No marketplace, lojas menores alugam um espaço nas maiores, sendo ela física ou virtual, e pagam uma porcentagem dos lucros sobre as vendas. Esse modelo de negócio é a chance de pequenas empresas conquistarem visibilidade através de marcas maiores e renomadas. No entanto, o ponto fraco deste modelo é que clientes podem fixar na mente apenas o nome da empresa maior.

Negócios sociais

Empresas que têm a preocupação de passar uma boa imagem para a sociedade e gerar impactos positivos utilizam como estratégia esse modelo de negócio. É uma mistura de objetivos sociais e ambientais com lucratividade. É um modelo que vem crescendo muito.

Economia colaborativa

Esse é o modelo mais atual e com grande crescimento no mercado, tendo em vista que os consumidores usam cada vez mais a tecnologia para as compras. Há uma junção de interesses econômicos, tanto de quem oferece o produto/serviço quanto de quem consome, e, assim, todos são beneficiados com o uso.

Dicas de como construir um modelo de negócio

Listamos algumas dicas importantes para facilitar o desenvolvimento do seu modelo de negócio. Confira:

  • Defina os objetivos a serem alcançados;
  • Defina a oferta de valor;
  • Delimite o público-alvo;
  • Defina quem serão os parceiros;
  • Defina os canais de distribuição;
  • Defina quais serãos os custos;
  • Descreva as fontes de receita.

Para deixar o modelo de negócio ainda mais estruturado, é essencial fazer a diferença na hora da construção, desenvolvendo ações que sejam inovadoras:

  • Unir gestores de diferentes áreas para contribuir com ideias;
  • Registrar as hipóteses que façam a empresa se destacar dos concorrentes;
  • Definir o que pode ser melhorado para conquistar os objetivos propostos;
  • Ouvir os feedbacks de clientes.

Uma das ferramentas mais utilizadas no mundo para o desenvolvimento de um modelo de negócio é o conhecido Canvas, que possibilita o entendimento de todos esses componentes do negócio. O Canvas foi introduzido no mercado por Alex em seu livro “Business Model Generation” (A Geração dos Modelos de Negócio).

O Canvas facilita visualmente a estruturação do modelo de negócio de forma a ajudar no desempenho de todos os objetivos da empresa. Assim, os gestores conseguem visualizar claramente como tudo precisa funcionar para conquistar e manter clientes.

Além disso, existem três fatores primordiais para uma organização seguir ao decidir aplicar um modelo de negócio: criação, captura e entrega. É preciso desenvolver ações que possam gerar valor tanto para a empresa quanto para os consumidores:

  • Valor criado: definir a melhor estratégia para solucionar problemas.
  • Valor capturado: saber como precificar melhor as soluções.
  • Custo de entrega: pensar na maneira menos custosa de solucionar problemas.

Bônus:  Dicas extras para construir um modelo de negócio.

1. Focar no cliente

A inovação com a mudança de paradigma deve vir do cliente. As pessoas estão cada vez mais buscando novas formas de satisfazerem as suas necessidades.

2. As necessidades não mudaram, as pessoas sim

A tecnologia está dando mais contexto às pessoas, à hiper individualidade, à diversidade de nichos e à pluralização de gerações e públicos. O indivíduo está tomando o lugar de dono de sua necessidade e como eles têm buscado resolver isso é importante e diferente. Resultado: mercados de nicho que buscam alto valor agregado.

3. Satisfação e lealdade estão na moda

Uma das tendências é a mudança de produto por serviço. Em vez das pessoas comprarem casas, carros e até mesmo roupas, os serviços de assinatura e aluguel estão em alta. Na verdade, a priorização dos formatos de serviço tem sido algo interessante. Isso porque, no longo prazo, as empresas conseguem ter estratégias mais duradouras, negócios mais perenes e estabilidade de lucro maior quando estão preocupadas em crescer e ter uma base de clientes cada vez mais leal e ativa.

4. CAC e LTV: os indicadores em alta

O foco dos indicadores mudou. O CAC, que estima o custo de adquirir um cliente, e o LTV (Life time Value), que estima o retorno da vida útil do cliente. Por que eles são importantes? Porque no contexto de lealdade, a empresa tem maior sucesso quando tem o cliente por mais tempo ativo em sua carteira ao mesmo tempo em que atrai novos clientes por um custo menor.

Conclusão

Com um modelo de negócio bem montado e o canvas, a empresa consegue ter uma visão ampla de todas as ideias, identificar os gaps e ter um direcionamento certo de como viabilizar os objetivos propostos de uma maneira mais simples e intuitiva

Quanto mais específicas as necessidades dos consumidores e clientes se tornam, mais valor é possível gerar com modelos de negócios mais distintos e, assim, competir com mais inovação em seu ninho de mercado. 

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Este foi um conteúdo oferecido pela área de Inteligência de Mercado da Sankhya, responsável por monitorar e estudar o mercado, trazendo novas tendências e insights relevantes para as tomadas de decisão da Sankhya e seus parceiros. Ajuda as organizações a navegarem pelos desafios do seu dia a dia de maneira mais assertiva.