A inovação tecnológica está cada dia mais presente em nossa realidade, e com isso, o mercado de Tecnologia da Informação se expande a passos largos. Com a área de TI em constante evidência, cresce também o número de profissionais nessa área.
As mulheres vêm se destacando no ramo de TI e conquistando cargos de relevância. Algumas empresas oferecem maior visibilidade a elas e se importam com a equidade de gênero, apesar de ainda serem minoria se analisados os dados.
O Great Place to Work realizou uma pesquisa que resultou em um ranking das melhores empresas para mulheres trabalharem por se destacarem com políticas e práticas em prol da equidade de gênero.
Funcionários das empresas premiadas afirmaram que:
- as pessoas são bem tratadas independentemente de sua cor ou etnia (98%);
- as pessoas são bem tratadas independentemente de sua orientação sexual e idade (96%);
- as pessoas são bem tratadas independentemente de seu gênero (95%);
- têm orgulho de contar a outras pessoas que trabalham na empresa (90%).
Nesse sentido, é possível perceber uma movimentação atual nas empresas para garantir diversidade, não apenas de gênero, implantando ações que colaboradores se sintam bem no ambiente profissional e, assim, possam se desenvolver e se destacar. Algo fundamental para o público feminino.
A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostrou que o Brasil tem um público feminino de 52,52% e apenas 20% profissionais atuando na área de TI. É um caminho de inclusão ainda a se percorrer, mas que vem ganhando força.
Neste artigo, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, trouxemos dados sobre a importância das mulheres na área de Tecnologia da Informação, assim como na área de metodologias ágeis. Sobre o assunto, conversamos com a profissional Raisa Costa, que é Agile Master da Sankhya. Confira!
As mulheres no mercado de TI
O mercado de TI ainda é um setor com a maioria de profissionais do gênero masculino. O relatório “Mulheres na Tecnologia” revelou que, em 72% das equipes, atua uma profissional mulher para cada dois homens e, em 26%, o número é ainda maior com uma mulher para cada cinco homens.
A representação feminina na área vem crescendo, como citamos anteriormente, mas ainda é preciso muito mais destaque e a abertura de oportunidades para as profissionais conquistarem mais espaço.
A igualdade de gênero vem sendo pauta constante no mercado de trabalho e é preciso que esse assunto se mantenha sempre em alta.
Mas, com o destaque cada vez maior delas nesse mercado, a tendência é que mais profissionais qualificadas sejam reconhecidas quando o assunto é inovação tecnológica.
Para esse artigo especial do Dia da Mulher, vamos falar especificamente sobre metodologias ágeis e como as mulheres têm ingressado nessa área. Sobre o assunto, conversamos com Raisa Costa, Agile Master da Sankhya.
Mulheres estão se destacando na área de metodologias ágeis
Você sabe qual é o trabalho de uma profissional de Agile Master? Ela conduz metodologias ágeis no dia a dia do time, apoiando toda a equipe, removendo impedimentos que possam surgir, facilitando reuniões e ritmos do framework ágil.
Assim, líder e seus colaboradores conseguem executar suas atividades com maior produtividade e alcançar os resultados desejados.
A Raisa Costa é Agile Master da Sankhya desde 2019 e afirma:
“Sou guardiã dos processos ágeis e facilito momentos para que o time possa trabalhar de forma fluida e performática.”
Raisa explica que a função dessa área é ajudar o time a ter um ambiente seguro para colaboração a partir da clareza dos processos, deixando bem definidas no dia a dia as responsabilidades que a equipe precisa desempenhar.
Para que a Agile Master mantenha seu time sempre com bom desempenho, é preciso:
- Motivar a equipe;
- Dar feedbacks constantes para alinhar os processos;
- Acompanhar a jornada e o desempenho do time;
- Fazer gestão de conflitos;
- Planejar o onboading com os novos funcionários.
“Oriento o time pelos valores e práticas ágeis, certifico de que os membros só se comprometam com atividades que possam cumprir, sempre com o foco no valor entregue ao cliente.”
Estando na função de Agile Master, é preciso conhecer diversos métodos e framework, não limitando-se a um único. Assim, é possível identificar necessidades e implantar soluções práticas para criar um ambiente propício para nortear a formação do mindset ágil na cultura dos times.
Certificações necessárias para atuar na área
Raisa conta que fez a transição para a carreira de Agile Master há dois anos e, para isso, foi preciso tirar certificações necessárias para se especializar, como Kanban e Scrum.
A metodologia Scrum é uma estrutura Agile que tem como foco estratégico o gerenciamento ágil de lançamentos de produtos, projetos que demandam um rápido desenvolvimento e testes.
O tempo da entrega é dividido no que se chama sprints, que é a quantidade de semanas em que o projeto precisa ser executado. Reuniões para avaliar o progresso e o desempenho da equipe são feitas constantemente.
Já a metodologia Kanban não tem como foco a agilidade dos projetos, mas a gestão do volume de trabalho. Essa estrutura permite que uma Agile Master consiga trabalhar a constante produtividade da sua equipe, mas sem sobrecarregar ninguém. Assim, é possível manter os processos contínuos e diminuir as chances de erros.
Essa metodologia mantém os colaboradores motivados e com uma carga de trabalho ideal para aumentar a produtividade, a eficiência e, consequentemente, a qualidade na entrega final do produto ou serviço ao cliente.
Como escolher em qual área atuar e quais são os desafios?
Existe uma infinidade de áreas para se atuar na tecnologia da informação. Por isso, segundo a Raisa, a profissional precisa ter foco no que realmente quer trabalhar.
“Escolha uma área da computação que te agrada e se especialize, estude o máximo que puder da área e também as suas ramificações.”
Por ser uma área em que a inovação tecnológica está presente a todo momento, as empresas são exigentes quanto à capacitação profissional.
Por isso, é importante acompanhar a evolução das tecnologias, se atualizando constantemente, fazendo especializações e cursos, além de ter características como:
- Capacidade de bom relacionamento interpessoal;
- Domínio da linguagem da área para uma comunicação assertiva;
- Facilidade em gerenciar uma equipe de forma dinâmica.
Um caminho em construção
É nítido que muito ainda falta para alcançar equidade de gênero nas empresas, mas é preciso reconhecer as iniciativas para que as mulheres ganhem espaço e também as iniciativas individuais de mulheres como a Raisa, que, com dedicação, teve grande crescimento em sua carreira com metodologias ágeis.
São muitas as mulheres que já fizeram história na tecnologia e é importante se inspirar nelas para a construção de mais representatividade feminina nessa área. Algumas mulheres para você conhecer:
Ada Lovelace: foi uma matemática e escritora inglesa e é reconhecida principalmente por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina.
Lisiane Lemos: protagonista feminina negra, especialista em novas tecnologias, Forbes Under 30 e Conselheira na ONU. É uma das principais lideranças do país, escolhida pela revista Forbes como uma das jovens que fazem a diferença no Brasil.
Camila Achutti: referência mundial no ativismo por mais mulheres na tecnologia. Conquistou o prêmio Women of Vision 2015 e foi listada pela Forbes como Under30 em Tecnologia e Educação. Fundadora do blog Mulheres na Computação e já ensinou mais de 15.000 jovens a criar aplicativos.
Cynthia Zanoni: ao lado da sua única outra colega de turma mulher, começou a oferecer para outras mulheres workshops gratuitos de introdução à tecnologia. A WoMakersCode cresceu e conquistou parcerias com faculdades e escolas técnicas, até se tornar a maior comunidade de tecnologia formada por mulheres na América Latina.
“Sobre as mulheres que me inspiram na computação: a Adriana Fontes, minha líder, que é firme e doce ao mesmo tempo, sempre como uma bússola norteadora como pessoa, desenvolvimento contínuo e foco no resultado, propondo e criando estratégia de forma colaborativa junto ao time. E na história da computação, a Grace Hopper, ela foi uma das criadoras do COBOL, uma linguagem de programação para bancos de dados comerciais.” Finaliza Raisa.
Women Techmakers
A Sankhya apoia um programa de tecnologia voltado para mulheres: o Women Techmakers. Criado em 2014 pelo Google, ele tem como objetivo dar visibilidade e recursos e criar comunidades para incentivar a participação das mulheres na tecnologia.
O WTM vem se destacando com representatividade no mercado e, ao apoiá-lo, a Sankhya se conecta com o propósito de trazer para dentro do negócio a estratégia de diversidade.
Com essa estratégia, a empresa já alcançou um aumento do número de mulheres em cargos de liderança: de 37% para 42%. O compromisso é chegar em 50% até 2025.
E, mais do que isso, a Sankhya busca potencializar outras iniciativas para ter ainda mais mulheres em cada área, contribuindo com talentos únicos e somando nesse propósito.
Nesse sentido, a empresa está patrocinando o Dare To Be, da International Women’s Day (IWD), que é um evento da comunidade Women Techmakers promovido em torno do mundo com o objetivo de celebrar as conquistas das mulheres em tecnologia no mês de março.
Gostou deste conteúdo e quer entender mais sobre métodos ágeis? Confira o e-book que produzimos com curadoria da Camila Achutti, listada como uma entre os jovens Under30 pela revista Forbes.