Quando se fala em uso de ERP, é comum ouvirmos alguns mitos. Provavelmente, você inclusive já até falou algo como “ERP é para empresa grande” ou “demora demais implantar um ERP”. Estou mentindo? O tema é rodeado desses mitos e é sobre eles que quero conversar com você para desmistificar cada um e você entender que não é nada disso. Vamos lá?

Conheça os 5 principais mitos sobre o uso do ERP

1. ERP é para os grandes

O primeiro grande mito que ouvimos sobre uso de ERP é que um sistema integrado de gestão é apenas para grandes empresas. Não, não é, sobretudo no Brasil, em que a confusão tributária é gigantesca e em que o consumidor é muito exigente. Além disso, é um país onde a concorrência, embora não seja assim tão grande, é feroz.

A ideia de que você não precisa de um ERP porque a sua empresa é pequena é equivocada. Sem gestão, você não vai chegar a lugar nenhum. Afinal, embora o mercado não seja tão competitivo quanto nas economias desenvolvidas, ainda possui características selvagens. Ainda existe capitalismo selvagem aqui no Brasil e, por isso, é preciso fazer diferença com a gestão.

Não basta apenas ter o dom de empreender e um bom produto ou serviço. É preciso ter uma gestão de qualidade e isso não é possível sem ERP, mesmo para as pequenas empresas.

2. ERP é caro

Outro mito muito comum que rodeia o uso de ERP é que tem um custo muito elevado. Vamos falar a verdade: sim, é caro. Não podemos simplesmente dizer que ERP é barato porque não é. Representa muitas vezes um investimento grande e requer um esforço grande de desencaixe financeiro por parte das empresas.

No entanto, há retorno. O ERP não é um investimento que você faz porque é obrigado e esse valor é perdido. Quando você faz um investimento em ERP, você vai ter retorno sim!

Inclusive, existem métricas para verificar qual foi o retorno obtido pelo dinheiro que você investiu. A empresa realmente economiza, controla custos e obtém vantagens a partir da instalação de um ERP.

3. ERP é demorado para implantar

Outro mito muito comum é que ERP demora para ser implantado. Demora mesmo. Mas, com metodologia adequada, é possível reduzir o tempo de implantação. Dependendo do tipo de negócio que você tem e do ERP que você vai contratar, existem metodologias rápidas que podem fazer com que a implantação seja realizada em pouquíssimo tempo.

E isso não depende só do seu fornecedor de ERP, depende de você também. É preciso ter a disciplina necessária, saber o que você procura, entender o que você precisa e, junto com o seu fornecedor, instituir um projeto de implantação de ERP que tenha começo, meio e fim e que possa ser curto, na medida do tempo que é necessário para a execução do projeto.

É claro, nunca vai ser instantâneo, mas não existe nenhum motivo para ser excessivamente demorado. Com os pés no chão, se faz um cronograma adequado.

4. ERP diminui o quadro de colaboradores

O mito que eu acho que é o mais fantasioso a respeito do uso de ERP é que ele diminui o quadro de colaboradores, que a empresa que contrata um ERP demite um monte de gente. Isso não é verdade, embora possa acontecer, em casos específicos em que existem processos manuais que vão ser substituídos e alguns cargos vão deixar de fazer sentido.

No entanto, de maneira geral, a implantação de um ERP não equivale a demissão de pessoas. Eu, por exemplo, que trabalho há 30 anos com ERP, nunca vi demissões em massa porque houve contratação de um sistema de gestão. Já ouvi sim casos em que algumas pessoas foram demitidas porque o seu trabalho e se tornou obsoleto ou porque a tecnologia suplantou aquela tarefa. Mas não foi porque o ERP foi contratado.

Além disso, muito do que o ERP propõe é justamente fazer com que as pessoas deixem de se dedicar a tarefas manuais para se dedicarem a tarefas mais estratégicas. Às vezes, um colaborador estudou anos de administração, contabilidade, economia, engenharia ou RH e fica na empresa fazendo processos manuais que não são do interesse dele. Então, o ERP vem para permitir que esse colaborador faça trabalhos mais elevados, que requerem maior nível intelectual.

Também é importante considerar que o próprio ERP é um grande gerador de mão de obra. No Brasil, existem mais de 600 empresas de ERP, que empregam dezenas de milhares de pessoas diretamente. E mais: a indústria de ERP gera dezenas de milhares de empregos na tecnologia e para profissionais autônomos que são especializados e prestam serviços sem estarem associados a nenhuma empresa específica, o que é uma realidade disseminada no Brasil inteiro. Então, não, o ERP não é um destruidor de empregos.

5. ERP torna a empresa refém

Por fim, existe uma tendência dos gestores acreditarem que vão se tornar reféns do fornecedor de ERP. Ao contratar um sistema, muitas pessoas dizem que é um “casamento” e que a empresa fica inevitavelmente “amarrada” ao fornecedor “até que a morte os separe”. Isso não é verdade, desde que você escolha bem o seu fornecedor.

Existem sim alguns fornecedores que, até por estratégia, têm essa característica de fidelização forçada do cliente, mas hoje os sistemas mais modernos são de empresas que concedem autonomia para o cliente. Elas não querem reféns justamente porque, dessa forma, limita o crescimento delas. Afinal, se tiverem clientes sempre demandando tarefas, elas não têm condições de buscar novos clientes.

Essa é a tendência hoje: o ERP está crescendo no Brasil muito mais do que o restante do mercado de tecnologia em geral. As empresas estão focadas no crescimento e na obtenção de novos clientes. Ou seja, nesse momento, não faz sentido que as empresas queiram reféns, pelo menos as mais modernas.

Porém, existem algumas empresas que realmente têm essa característica de se julgarem “casadas” com o cliente e que, enquanto proprietárias do software, só elas podem fazer o que ele precisa. Mas não precisa ser sempre assim. Você pode contratar uma empresa que respeite e que incentive a sua autonomia no uso do software.

Assista o vídeo que fiz no meu canal sobre esse assunto:

E, então, você era uma das pessoas que acreditava nesses mitos?

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