Equipes heterogêneas são aquelas formadas por profissionais de diferentes perfis, que trabalham juntos para apresentar soluções criativas e inovadoras para as empresas. São formadas por pessoas diferentes em idade, escolaridade, gênero, etnia, origem e mais uma série de características. A diversidade é vista como algo natural, que contribui não apenas com o atingimento dos objetivos estratégicos, mas possibilita à empresa ir muito além do planejado, criar soluções disruptivas e que tenham um impacto positivo na sociedade.

Nas empresas antenadas, o ambiente empresarial vem se tornando espaço para a convivência de profissionais cada vez mais heterogêneos. Diversidade não é apenas mais uma tendência ou modismo do mundo corporativo. Basta andar pela sua fábrica, loja ou escritório e observar. Provavelmente você encontrará pessoas muito diferentes: seja em idade, gênero, orientação sexual, etnia, origem, cultura e até mesmo nacionalidades.

Assim sendo, em tempos de economia do conhecimento, a capacidade de pensar e resolver problemas de maneira criativa passou a ser um dos denominadores comuns que qualquer empreendedor busca, não importa em qual tribo ele tenha que recrutar pessoas com essas competências.

Conhecimento técnico é importante, mas deixou de ser o principal fator que contribui para o sucesso de um bom profissional. Por conseguinte as empresas querem líderes que saibam extrair o melhor de cada um e também colaboradores que saibam lidar com pessoas com pensamentos diferentes.

 

Três Gerações

Em breve, a maior parte das empresas vai encontrar entre seus colaboradores pessoas de três faixas etárias distintas. Sua maneira de ver o mundo e de produzir é marcada por características comuns e por muitas diferenças. Consequentemente o trabalho ganha um novo sentido. 

GERAÇÃO X Y Z
Nascimento 1965 a 1983 1984 a 1996 1997 a 2002
Formação Curso superior completo / pós graduação Curso superior completo ou em andamento Ensino médio completo ou em curso. Início do curso superior.
Presença no mercado 2 décadas Cerca de uma década ou menos Alguns acabam de ingressar no mercado de trabalho
Características Geração intermediária, nascida entre baby boomers e millenials. Já conquistaram posições bem sucedidas. Influenciaram a maneira de pensar o futuro do ambiente de trabalho. Transformaram velhos modelos de negócios, como no setor de transporte e hospedagem (Uber e AirBnb). Cresceram em um mundo em transformação e por natureza são multi-telas. Temem pelo futuro do planeta, valorizam a educação, pensam em suas futuras carreiras e querem fazer do mundo um lugar melhor.
Era digital Foram crianças e adolescentes no mundo analógico e viram o digital nascer e ser integrado à vida cotidiana. Cresceram com um elevado nível de acesso à tecnologia. Nativos digitais. A tecnologia é parte do seu jeito de viver.

Tudo junto e misturado

De hoje a poucos anos, essas três gerações estarão juntas na maioria das empresas, buscando soluções para os mais variados problemas. Entretanto a mistura pode ser excelente ou se tornar um desastre, a depender de como gestores, empreendedores e profissionais de Recursos Humanos vão lidar com a diversidade, que inclui novas maneiras de pensar e ver o mundo. Qual será o denominador comum dessas equipes marcadas pela heterogeneidade?

Apresentamos a seguir alguns pontos para reflexão:

1. Liberdade com responsabilidade:

Entre 30% e 50% dos quadros das empresas de tecnologia são formados por jovens entre 20 e 30 anos. Por conseguinte, buscam trabalhar de forma mais livre, sem horários ou endereços fixos. Gostam de organizar seu próprio trabalho e utilizam a tecnologia para estar em contato e demonstrar resultados.

2. Ressignificar conceitos:

Profissionais da geração X, que estão no mercado há mais tempo, começam a absorver uma série de tendências criadas pelas novas gerações. As metodologias ágeis são um exemplo disso. Elas passaram a ser amplamente adotadas e consistem em Identificar soluções para equações complexas de forma mais rápida e colaborativa.

3. Praticar a empatia:

Olhar a realidade sob o foco do outro passa a ser uma competência desejada pelas empresas. Isso se aplica tanto à diferença na maneira de trabalhar que existe entre as gerações, quanto na relação com os clientes e fornecedores. A realidade pode ser analisada sob diferentes ângulos e pontos de vista. A diversidade é muito bem vinda nesse cenário.

4. Transformação digital:

Para a geração Z, que começa a ingressar no mercado de trabalho, tudo passa pelos recursos tecnológicos. O uso de equipamentos e aplicativos favorece a mobilidade e o trabalho pode ser feito a qualquer hora, de qualquer lugar. Desse modo derruba algumas fronteiras e tende a estimular a produtividade e redução de custos com a prática cada vez mais frequente do home office.

6. Líder coach:

Mais que distribuir tarefas e acompanhar entregas e indicadores, o novo gestor tem o papel de inspirar e engajar as pessoas, fazendo as perguntas certas e não dando as respostas. Com isso, esperam levar as equipes a darem o melhor de si. O líder coach é aquele que sabe ouvir, orientar e conduzir os colaboradores rumo aos objetivos estratégicos, por meio de perguntas poderosas e da proposta de desafios estimulantes e contínuos.

7. RH Analítico:

A ciência de dados pode ser usada a favor das práticas de recrutamento, seleção, motivação e engajamento dos colaboradores. O profissional de Recursos Humanos precisa entender do negócio, identificar de maneira assertiva qual a melhor abordagem para seus processos internos e para o sucesso da organização. Dessa forma, ele tomará mais decisões estratégicas que podem alavancar os melhores resultados.

8. Significado do trabalho:

Profissionais das novas gerações buscam mais que um emprego. Em função disso querem trabalhar em empresas que possuem um propósito claro, preferencialmente voltado para a comunidade. Empresas com uma cultura organizacional forte, que se traduz na prática, vão atrair talentos com mais facilidade.

9. Colaboração:

Um dos traços marcantes nas novas gerações é a colaboração. Assim, o relacionamento interpessoal ganha peso nesse contexto, em que as pessoas trabalham e se relacionam, buscando os melhores resultados. Nas empresas do futuro, o caminho é o de menos hierarquia e mais co-construção.

10. Diversidade sempre:

As novas gerações estão mais abertas às diferenças, sendo assim valorizam ambientes organizacionais que respeitam e incentivam esse tipo de atitude na hora de escolherem um emprego.

 

Pegando a onda da mudança (antes que ela pegue você e sua empresa!)

Até pouco tempo atrás, as mudanças eram previstas. Hoje elas chegam e transformam tudo, muitas vezes sem mandar recado algum.

Mudam empresas, cidades, modos de produzir e de se relacionar. E o que funcionou até agora não necessariamente será abandonado, mas provavelmente em breve deverá adaptar-se a uma nova linguagem e maneira de pensar.

O segredo está na capacidade de colaborar e na construção de caminhos coletivos. Novas estradas dos tempos modernos, em que o ser humano se integra à tecnologia e tudo se transforma. Em casa, no trabalho, na escola e na vida de cada um.