Segundo o instituto, o crescimento foi puxado pelo segmento de artigos de uso pessoal e doméstico.

As vendas do comércio varejista restrito cresceram 1,9% no mês de julho sobre junho, na série com ajuste sazonal, acumulando uma alta de 3,5% no ano e de 5,4% em 12 meses, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 0,40% a uma alta de 1,20%, com mediana de 0,20%. Na comparação com julho de 2012, a alta é de 6,0%. O resultado do varejo restrito em julho deste ano foi o melhor na comparação mês a mês desde janeiro de 2012, quando a variação foi de 2,8% até dezembro de 2011.

Na comparação com julho de 2012, as vendas do varejo cresceram 6,0% em julho deste ano. Nessa comparação, as projeções variavam de uma alta entre 1,55% e 4,90%, com mediana de 3,00%. Até julho, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 3,5% no ano e de 5,4% nos últimos 12 meses.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui os segmentos de Veículos, Motos, Partes e Peças e de Material de Construção, as vendas avançaram 0,6% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 3,20% a uma alta de 0,20%, com mediana de -0,90%.

Na comparação com julho do ano passado, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 3,7% em julho deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam de um recuo de 0,90% a uma expansão de 3,10%, com mediana de 1,20%. Até julho, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam altas de 3,7% no ano e de 5,8% nos últimos 12 meses.

Atividades

O IBGE registrou em julho crescimento nas vendas do varejo em oito das dez atividades pesquisadas, com ajuste sazonal. Segundo o instituto, o crescimento foi puxado pelo segmento de artigos de uso pessoal e doméstico, com alta de 12,0% sobre o registrado em igual período de 2012.
Outro destaque foi o segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com avanço de 11,6% no mesmo período. O setor de móveis e eletrodomésticos foi o terceiro setor que registrou alta de dois dígitos, de 11,0%, em julho ante igual mês do ano passado. No varejo ampliado, o IBGE ressaltou que o segmento de veículos, motos e peças caiu 3,5% sobre junho, com uma retração de 1,8% frente a julho do ano passado.

Consumo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o resultado das vendas no varejo, em julho, comprova que há uma recuperação do consumo no país. “Mostra que a queda da inflação está possibilitando que o consumidor tenha mais poder aquisitivo”, afirmou o ministro, ao chegar ao Ministério da Fazenda. “O crédito também está melhorando um pouquinho e isso reflete nas vendas a varejo, que foram muito boas”, completou.

O ministro, no entanto, não respondeu às perguntas dos jornalistas sobre uma possível alteração na meta de superávit primário. Na avaliação de fontes graduadas do governo, a meta oficial de superávit primário das contas públicas de 2,3% do PIB é de difícil cumprimento devido ao ritmo da arrecadação. Internamente, os técnicos já avaliam que a prioridade do governo é economizar “pelo menos” 2% do PIB.


Fonte: Época Negócios