O ano de 2013 ficará marcado como aquele no qual, pela primeira vez na história, as vendas de smartphones irão superar a quantidade de celulares simples vendidos no mundo. É o que diz um novo relatório divulgado dia 4 de junho pela International Data Corporation (IDC). De acordo com a empresa de pesquisa de mercado, a previsão é que 959 milhões de unidades de smartphones sejam vendidas ainda neste ano. Um crescimento de 32,7% em relação a 2013.

O bom resultado, considerou a IDC, é atribuído a uma série de fatores, desde o esforço de fabricantes e operadoras até a demanda dos usuários. A alta irá conduzir a categoria de smartphones a abocanhar mais da metade de todo o mercado mundial de celulares. A partir deste ano, este tipo de dispositivo passará a dominar 52,2% de participação.

O que chama a atenção, contudo, é que o fato mostra de forma clara a mudança de comportamento dos consumidores em relação aos produtos que desejam. Smartphones se tornaram a ferramenta ideal para suprir a demanda de consumo e criação de dados em detrimento de apenas telefonia, diz a IDC.

Outro ponto principal diz respeito ao preço médio deste tipo de dispositivo, que caiu ao longo dos últimos dois anos. Em 2011, a maioria dos smartphones estava na casa dos 443 dólares. No ano seguinte, este valor caiu para 407 até atingir, em 2013, seu menor patamar até agora: 372 dólares. Até 2017, espera a consultoria, este número deve atingir a marca de 307 dólares.

Os responsáveis por esta queda? Os mercados emergentes, diz a IDC. Smartphones se tornaram muito comuns em países emergentes e são considerados a primeira opção de computação acessível, pontuou o analista Ryan Reith. Foi por conta da baixa renda da população destes mercados, lembrou Reith, que as fabricantes se viram obrigadas a desenvolver smartphones de baixo custo.

Tendo isso em vista, a IDC considera que, para segurar os preços dos dispositivos em patamares agradáveis aos olhos dos mercados emergentes, as fabricantes devem investir em smartphones com 3G. 70,3% dos aparelhos vendidos em 2013 contarão com suporte para esta rede. A utilização de componentes de rádio mais antigos se provou uma maneira fácil de cortar custos, diz a IDC.

Por Gabriela Ruic, da Exame.com