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Marina Oliveira

Marina Oliveira

Publicado em 29/10/2025 09:59

Reforma tributária: o que muda na prática e por que sua empresa precisa agir agora

Especialistas no Sankhya Connection 2025 explicam como o novo sistema vai exigir adaptação imediata das empresasOs primeiros passos da reforma tributária começam a partir de janeiro de 2026 e prometem transformar a rotina das empresas brasileiras de forma profunda. Isso do fluxo de caixa ao modo de emitir notas fiscais. Mas, afinal, o que realmente muda e o que as empresas precisam fazer agora?

Essas foram algumas das questões debatidas durante o Sankhya Connection 2025, em duas palestras que colocaram o tema no centro das atenções: uma delas, comandada por Daniel Lória, fundador da Loria Advogados e ex-diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária; e a outra palestra feita por Samanta Oliveira, business analyst da Sankhya.

Carga tributária: mito do aumento e o fim da sonegação

De acordo com Daniel Lória, a percepção de que a carga tributária vai subir é um equívoco. “Isso é mito. A reforma foi construída com a premissa de manter a carga estável, e isso está na Constituição”, explica.

Para Lória, embora cada setor tenha impactos diferentes conforme suas alíquotas, o objetivo central é equilibrar o sistema e democratizar os benefícios fiscais, hoje concentrados em poucos segmentos.

“Quem tem muitos incentivos será mais impactado pela reforma tributária. E quem sonega vai enfrentar mais dificuldade em sonegar”

— Daniel Lória, fundador da Loria Advogados

O novo sistema – que substitui tributos como PIS e Cofins pela CBS (Contribuição Sobre Bens Serviços) e ICMS e ISS pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – pretende simplificar e dar transparência às transações. Por exemplo, as empresas só terão crédito se o fornecedor emitir e quitar corretamente as notas fiscais, criando o que Lória chama de “um ciclo de conformidade fiscal”.

Menos de 80 dias para a reforma tributária

E as empresas precisam se preparar já. Afinal de contas, a partir de 1º de janeiro de 2026, todas terão que emitir notas fiscais dentro do novo modelo. O descumprimento, aliás, pode gerar multas e dificuldades operacionais.

“A reforma tenta amarrar todos os elos da cadeia. Você vai precisar saber se o seu fornecedor está em dia, porque isso impacta diretamente o seu crédito fiscal”

— Daniel Lória, advogado e ex-diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária

O desafio da adaptação: como a Sankhya está se preparando

E diante de tantas novidades – e dúvidas – que pairam o tema reforma tributária, sempre é bom saber o que as empresas já estão fazendo para encarar o novo sistema de cobrança e pagamento.

Por isso, ao longo de sua palestra, Samanta Oliveira, da Sankhya, mostrou como a companhia vem ajustando seus sistemas de gestão para atender às novas exigências.

“A reforma não é apenas uma mudança fiscal. É a maior transformação de negócios na história do país. Ela impacta cada área de cada empresa”

— Samanta Oliveira, business analyst da Sankhya

A Sankhya integra o Comitê de Trabalho da Reforma Tributária junto ao Fisco e participa do Programa Piloto da Reforma, antecipando ajustes em seus módulos fiscais, contábeis e de estoque.

“Já temos um guia prático, treinamentos e webinars dedicados ao tema. A melhor forma de se preparar para o futuro é construí-lo”, completa, citando o escritor austríaco Peter Drucker.

Samanta Oliveira, business analyst da Sankhya, apresenta o que a empresa já está fazendo para que encarar a reforma tributária sem surpresas – (Foto: Divulgação)

De acordo com a especialista, o novo modelo da reforma tributária exigirá revisão da base de cálculo, reparametrização de cadastros, adequação de processos de precificação e conciliação fiscal e contábil.

“Tudo muda! Do cálculo do IBS/CBS à emissão de novas finalidades fiscais. É preciso começar agora para não correr no atraso”, alerta.

Reforma tributária: o que vem pela frente

Com a previsão de início da vigência em 2026, a reforma tributária ainda depende de regulamentações e ajustes técnicos. Mas uma coisa é certa: o impacto será transversal.

Como resume Lória, “a reforma não é sobre pagar mais ou menos imposto, mas sobre pagar de forma mais justa e eficiente”.

E como destaca Samanta, “a mudança é inevitável. E quem começar a se preparar agora, vai transformar o desafio em vantagem competitiva”.

 

Publicado em InfoMoney

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