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Retomada das atividades: sua empresa está preparada?

retomada das atividades

Antes do início da pandemia do Coronavírus, as empresas brasileiras tiveram pouco tempo para se adequar aos decretos municipais que determinaram o fechamento de estabelecimentos não essenciais. Houve pouco ou nenhum planejamento. Agora, quando começam os estudos sobre flexibilização, com legislações específicas nas esferas municipal, estadual e federal, temos um pouco mais de tempo para planejar a retomada das atividades.

Para ajudar sua empresa,  pegamos algumas dicas do Vinícius Eduardo Silva Sousa, nosso Supervisor Jurídico aqui na  Sankhya. 

 

Comece pela legislação local

Desde o início da pandemia, prefeitos e governadores tem tomado decisões com base na realidade local  de casa cidade e estado. No que diz respeito à abertura de empresas, quem fiscaliza é o município.

Acompanhe os sites e as redes sociais da Prefeitura e também do Governo Estadual. Se possui atuação em mais de uma cidade, pode ser que a legislação seja diferente. Fique atento também às regulamentações federais quanto a retomada das atividades. Em cada lugar, há decretos com regras sanitárias específicas e será necessário estudar e se adequar a elas.

Proteção do colaborador

Será preciso garantir aos colaboradores, condições de proteção que incluem: distribuição de máscaras, luvas (quando necessário), álcool em gel, pia e sabonete para higienização de mãos, ambiente ventilado e distanciamento mínimo entre as pessoas.

Antes restritos a algumas atividades, os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) se tornarão obrigatórios. 

Será necessário repensar o espaço interno, garantindo que as pessoas possam manter a distância de segurança entre si. Isso vai envolver estudar jornadas de trabalho alternadas, manter parte da equipe em home office ou mexer na estrutura física. 

Evite multas trabalhistas na retomada das atividades

O descumprimento das regras impostas pelas prefeituras ou das leis trabalhistas em vigor podem resultar em multas. Depois de perder receitas pelo impacto da pandemia, a última coisa que uma empresa pode querer é ser multada quando retomar as atividades.

Se houver recursos, busque apoio de uma consultoria especializada em relações trabalhistas, contratos e segurança do trabalho. Profissionais especializados podem analisar cenários, variáveis internas e externas e orientar a tomada de decisões.

De olho nos indicadores

Identifique e avalie os indicadores vitais do seu negócio. Analise sua capacidade de atendimento dentro da nova realidade, quantas pessoas poderá receber ao mesmo tempo, qual a dificuldade em repor estoques, capacidade de entrega, possibilidade de redução de margem, política de preços, etc.

O uso de sistemas de gestão trará mais facilidade para fazer essa análise. Por meio de simulações e desenhos de cenários, dá para estudar as melhores maneiras de administrar custos, aumentar vendas e equilibrar receitas e despesas. Existe uma tendência de forte concorrência quando as coisas começarem a voltar ao normal. 

 

 

Cultura organizacional

A pandemia ajudou muitas empresas a implementarem o teletrabalho, que já estava previsto na reforma trabalhista. Com a retomada das atividades, essa realidade deve ser mais constante.

Para que isso dê certo, as empresas terão que fortalecer processos internos, investir em programas para manutenção de produtividade, fortalecer a cultura de confiança e de empreendedorismo individual. Investir em treinamento, comunicação interna e reforço cultural será necessário, bem como estabelecer critérios e monitorar a produtividade. 

Planejamento financeiro

As medidas provisórias e os benefícios fiscais oferecidos pelo Governo Federal terão um custo para as empresas. O adiamento de tributos não significa que eles deixarão de existir. Precisam ser contemplados em estudos do fluxo de caixa futuro.

Isso significa que, quando vier a retomada, sua empresa terá que pagar os impostos do mês em vigor e também os que ficaram em aberto. Estude com cuidado todas as alternativas, possibilidades de parcelamento e financiamento, para que sua empresa possa ter fôlego financeiro até que seja possível restaurar o padrão de vendas anterior.

Negociar é melhor que judicializar

No pós pandemia, é possível que muitos conflitos acabem na justiça. Contratos cancelados, negociações trabalhistas frágeis, juros abusivos, prazos perdidos, entre outros problemas. Por se tratar de uma situação peculiar, não existe jurisprudência específica pela qual possamos ter uma referência de ações judiciais sobre o tema, e muitas empresas terão que gastar um dinheiro que não possuem com advogados e custas judiciais.

Para prevenir, a recomendação é negociar.  Comece agora mesmo a mapear todos os pontos sensíveis. Deixou de cumprir algum contrato? Reduziu jornada ou salários? Estude seu negócio, busque aconselhamento e se prepare para negociar.

Dialogue com o sindicato ao qual sua empresa pertence. Abra canais de comunicação com os representantes dos trabalhadores. Estreite os laços com associações comerciais da sua cidade e também com as setoriais. Aprenda com empresas do mesmo segmento, busque boas práticas e esteja aberto ao diálogo. 

Insistir ou recomeçar

As empresas serão afetadas de diferentes maneiras no processo de retorno pós pandemia. Em alguns setores, será necessário fazer investimentos, em outros, contratar mais pessoas ou reduzir a quantidade de clientes. Para muitos, os custos de seguir as recomendações talvez tornem o negócio inviável. 

A leitura dos indicadores será fundamental para que se possa ter uma visão clara do melhor momento para insistir ou recomeçar. As empresas terão que inovar, fazer transformações significativas em seus modelos, adotar novas formas de trabalho, novos padrões de produtividade e novas maneiras de se relacionar com o cliente.

Cabe ao gestor analisar sua capacidade de investimento, sua possibilidade de correr riscos, a capacidade de retomar os negócios de acordo com o prognóstico trazido pela análise dos dados. Será um momento de recomeço para muitas marcas. 

Principais fontes de informação

Fique atento a tudo o que for divulgado pela prefeitura da sua cidade, pelos sindicatos patronais e de trabalhadores, Ministério Público, Procon, entidades de classe e setoriais. A imprensa especializada em negócios pode trazer conteúdos relevantes.

As empresas devem acompanhar as decisões do poder público mas também podem contribuir, por meio de suas associações, para influenciar as medidas a serem tomadas, de modo que sejam justas para todos.

 

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