Um dos temas que mais vem tomando nossos noticiários nos últimos meses, e deve continuar assim pelos próximos, é a crise hídrica que assola vários estados brasileiros – com bastante força em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O quadro atual já está afetando a vida de milhões de pessoas e empresas, todos em busca de formas de reduzir o consumo e garantir o armazenamento necessário da água.

Enquanto as grandes obras de infraestrutura não vêm, a Tecnologia da Informação vai dando sua contribuição para ajudar consumidores e empresas a reduzirem o consumo e a utilizarem a água de forma mais otimizada. Os exemplos não são poucos. Por exemplo, os consumidores norte-americanos hoje podem adquirir um software que monitora todo o ciclo de utilização de água. A solução fornece relatórios e indicadores de consumo, além de apontar vazamentos, enviando alertas aos usuários.

Outro software, este voltado às concessionárias, permite controlar todo o processo de abastecimento, mostrando desvios no fluxo e vazamentos. A mesma solução envia para os clientes das concessionárias relatórios personalizados com informações de consumo e comparativos com residências com as mesmas características.

No Brasil, a cidade de Campo Grande (MS) já utiliza um software de gestão de saneamento semelhante ao que descrevemos acima. Não por acaso, o Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com o menor índice de desperdício – 19%, contra cerca de 40% em São Paulo.

Para usuários empresariais e industriais, a contratação de uma empresa de tratamento e gestão hídrica pode contribuir com a redução do consumo. Hoje, há empresas que prestam serviços que incluem redução ao máximo do descarte por meio da otimização de processos industriais, redução da relação consumo/custo com água e implantação de sistemas de tratamento de efluentes (resíduos líquidos resultantes de processos industriais).

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), sediado em Campinas, também possui uma solução de gestão da água para empresas que permite centralizar dados das faturas de energia elétrica, gerar análises técnico-econômicas e identificar potencial para redução do consumo.

O fato é que a estiagem é um desafio e diversos lugares do mundo começaram agora a lidar com ela. É hora de colocar a tecnologia para trabalhar a nosso favor também nessa área.

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