Fazer o cálculo do INSS é uma obrigação primordial tanto para empresas quanto para empregados no Brasil. Além disso, esse processo impacta diretamente a folha de pagamento, a gestão tributária e os encargos trabalhistas das organizações.
Com as novas mudanças na legislação, como o eSocial e a DCTFWeb, o cálculo do INSS em 2025 exige atenção dobrada, pois erros podem gerar complicações fiscais e tributárias.
Para quem é responsável por realizar esse cálculo, como analistas de departamento pessoal, contadores e gestores de RH, entender os procedimentos e as alíquotas atualizadas é essencial para evitar inconsistências e garantir a conformidade da empresa com as normas vigentes.
Por exemplo, em 2025, as alíquotas do INSS para os empregados variam conforme a faixa salarial, com valores progressivos que impactam diretamente a folha de pagamento.
E há mudanças no modo como as contribuições são registradas e enviadas aos órgãos governamentais, o que aumenta a necessidade de ferramentas automatizadas para o cálculo do INSS.
Neste artigo, vamos explorar como realizar o cálculo do INSS de forma eficiente e segura, abordando desde as alíquotas progressivas até os erros mais comuns e como evitá-los.

O que é o cálculo do INSS?
O cálculo do INSS é o processo utilizado para determinar quanto um trabalhador ou contribuinte deve recolher mensalmente para o Instituto Nacional do Seguro Social.
Esse valor é preciso para garantir o acesso a benefícios previdenciários como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte e salário-maternidade.
Em resumo, o cálculo do INSS é uma ferramenta importante para manter os direitos previdenciários dos trabalhadores e garantir a sustentabilidade do sistema público de previdência no Brasil.
Qual é a importância do INSS?
A importância do INSS está diretamente relacionada à estabilidade econômica e social da população.
Conforme dito anteriormente, por meio dele, milhões de brasileiros têm acesso a aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-reclusão e pensão por morte, entre outros benefícios.
Esses pagamentos são essenciais para a manutenção da renda familiar em períodos de vulnerabilidade.
Nesse contexto, o cálculo do INSS ganha destaque, pois é por meio dele que se define o valor que o trabalhador deve contribuir mensalmente para ter direito a esses benefícios. O cálculo considera fatores como a renda mensal, a categoria profissional e o tempo de contribuição.
Como fazer o cálculo do INSS?
É importante salientar que o cálculo do INSS varia de acordo com o tipo de contribuinte (empregado com carteira assinada, trabalhador autônomo, MEI, empregador doméstico etc.) e com a faixa salarial.
Para os trabalhadores formais (CLT), a contribuição é descontada diretamente do salário e segue uma tabela progressiva, na qual as alíquotas variam conforme o valor da remuneração mensal.
Já os autônomos e contribuintes individuais precisam realizar o cálculo do INSS por conta própria, com base no valor que desejam contribuir, respeitando os limites mínimo e máximo estabelecidos pelo governo. Para calcular o valor, siga o passo a passo a seguir:
1. Entenda quem precisa contribuir
O primeiro passo para entender o cálculo do INSS é identificar a sua categoria:
- Empregado CLT: contribuição é descontada automaticamente do salário.
- Contribuinte individual ou autônomo: deve pagar via GPS (Guia da Previdência Social).
- MEI (Microempreendedor Individual): paga valor fixo mensal.
- Empregador doméstico: recolhe a parte do trabalhador e a patronal.
2. Consulte a tabela de alíquotas
Desde a Reforma da Previdência de 2019, o cálculo do INSS passou a usar alíquotas progressivas para trabalhadores com carteira assinada.
Essas alíquotas são aplicadas por faixa, como no Imposto de Renda. Ou seja, não é uma única porcentagem sobre todo o salário.
3. Faça o cálculo do INSS passo a passo
Exemplo: trabalhador com salário de R$ 3.000,00.
O cálculo será:
- 7,5% sobre os primeiros R$ 1.412,00 → R$ 105,90
- 9% sobre R$ 1.254,68 (diferença até R$ 2.666,68) → R$ 112,92
- 12% sobre R$ 333,32 (diferença até R$ 3.000,00) → R$ 39,99
Total do desconto do INSS: R$ 258,81.
Esse valor será descontado do salário bruto para fins de contribuição previdenciária.
Se for contribuinte individual ou MEI:
- Contribuinte individual: tem a opção de definir a base de cálculo entre o salário mínimo e o teto previdenciário do INSS. A alíquota padrão é de 20%.
- MEI: paga 5% sobre o salário mínimo vigente.
4. Use ferramentas oficiais
Você pode utilizar o Meu INSS para simular o cálculo do INSS, conferir seu extrato de contribuições e planejar sua aposentadoria com mais segurança.
Como as empresas devem calcular INSS em atraso?
O cálculo do INSS em atraso é uma responsabilidade importante das empresas que, por qualquer motivo, deixaram de recolher as contribuições previdenciárias dentro do prazo legal.
Regularizar essas pendências é importante para evitar multas, juros e problemas com a Receita Federal e a Previdência Social. Separamos um passo a passo para calcular INSS em atraso.
1. Identifique os períodos de atraso
O primeiro passo para realizar o cálculo do INSS em atraso é identificar com precisão:
- Os meses não pagos;
- Os valores de remuneração de cada colaborador no período;
- O tipo de contribuinte (empregado, autônomo, etc.).
2. Acesse o sistema da Receita Federal
O cálculo do INSS em atraso deve ser feito com base na legislação vigente à época da competência (ou seja, do mês de referência), e não com base nas regras atuais.
Para isso, as empresas devem utilizar o Sistema de Acréscimos Legais (SAL) da Receita Federal, responsável por realizar o cálculo automático:
- Multa (normalmente de 0,33% ao dia de atraso, limitada a 20%);
- Juros de mora (com base na Selic mensal);
- Correção monetária.
3. Emita a GPS com os valores corrigidos
Após o cálculo do INSS em atraso pelo SAL, a empresa deve emitir a Guia da Previdência Social (GPS) com os valores atualizados. É importante preencher corretamente os campos do código de pagamento, nome e CNPJ da empresa.
4. Evite erros comuns
Entre os erros mais comuns no cálculo do INSS em atraso, destacam-se:
- Aplicar alíquotas atuais em competências antigas;
- Não considerar o limite do teto previdenciário vigente à época;
- Deixar de calcular multas e juros corretamente;
- Não utilizar o SAL e calcular manualmente sem respaldo legal.
5. Considere orientação contábil ou jurídica
Para evitar equívocos e prejuízos, é recomendável que o cálculo do INSS em atraso seja revisado por um contador ou consultor previdenciário. De acordo com o caso, é possível negociar ou parcelar os débitos junto à Receita Federal.
Qual porcentagem o INSS desconta do salário?
A porcentagem que o INSS desconta do salário varia conforme a faixa salarial do trabalhador, ou seja, quanto maior o salário, maior será o percentual aplicado, mas sempre de forma proporcional por faixa.
Esse modelo torna o cálculo do INSS mais justo, pois quem ganha menos contribui com uma porcentagem menor, e quem ganha mais, com uma parte proporcionalmente maior.
E para salários acima do teto?
O valor máximo de desconto segue o limite do teto do INSS (R$ 7.786,02 em 2025). Mesmo que o trabalhador receba mais que isso, o cálculo do INSS considera apenas até esse valor.
Tabela de cálculo INSS de 2025
A tabela de cálculo do INSS de 2025 define os percentuais de contribuição previdenciária que são descontados diretamente da folha de pagamento dos trabalhadores com carteira assinada.
Tabela de Cálculo do INSS 2025 (base: salário mínimo de R$ 1.412,00)
Faixa Salarial (em R$) | Alíquota Progressiva |
Até R$ 1.412,00 | 7,5% |
De R$ 1.412,01 até R$ 2.666,68 | 9% |
De R$ 2.666,69 até R$ 4.000,03 | 12% |
De R$ 4.000,04 até R$ 7.786,02 (teto) | 14% |
Entenda as alíquotas progressivas do INSS
As alíquotas progressivas do INSS seguem uma lógica parecida com a do Imposto de Renda. Em vez de aplicar uma única porcentagem sobre o salário total, o desconto é feito por faixas salariais, cada uma com um percentual específico.
Assim, o cálculo do INSS se torna mais preciso e proporcional à renda do trabalhador.
Vantagens das alíquotas progressivas no cálculo do INSS:
- Maior equidade tributária: quem tem menor renda contribui proporcionalmente com menos.
- Maior transparência: o trabalhador entende exatamente quanto está sendo descontado e por quê.
- Facilidade de planejamento: ajuda no controle financeiro e no planejamento da aposentadoria.
Erros comuns no cálculo do INSS
É comum que erros ocorram durante o cálculo do INSS, tanto por parte das empresas quanto dos próprios contribuintes. Esses equívocos podem gerar atrasos, prejuízos financeiros e até a perda de benefícios.
A seguir, listamos os principais erros no cálculo do INSS que merecem atenção:
- Aplicação incorreta das alíquotas;
- Não considerar o teto do INSS;
- Erro na classificação do contribuinte;
- Falta de atualização dos valores salariais;
- Não recolher contribuições em atraso;
- Erro no lançamento no eSocial;
- Desconsiderar adicionais ou descontos obrigatórios, entre outros.
Como evitar esses erros no cálculo do INSS?
- Mantenha os cadastros dos colaboradores sempre atualizados;
- Verifique as alíquotas e faixas salariais anualmente;
- Utilize sistemas automatizados e atualizados, como ERP;
- Consulte um contador especializado;
- Acompanhe o extrato do INSS (Meu INSS) com regularidade.
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