Tecnologia e Tendências

As empresas vão parar?

Duas pessoas apreensivas ao pensar se as empresas vão parar

Com a pandemia de COVID-19 vivenciada no Brasil e no mundo, muito se pergunta se, afinal, as empresas vão parar e, principalmente, como manter os negócios em funcionamento e com lucratividade nesse período.

Manter a produção normalmente significa expor seus colaboradores a risco – e ainda sofrer com a falta de mão-de-obra, devido ao grande número de pessoas que poderão se infectar. Parar a produção ou liberar o home office nem sempre é possível em todos os setores.

Além disso, ainda há o isolamento social nas cidades, fazendo com que vários comércios baixem as portas e reduzindo as vendas dos varejistas e também de toda a cadeia de fornecedores.

Diante de um cenário como esse, de que forma os gestores podem continuar com suas empresas? É sobre isso que falaremos neste conteúdo!

Ações do governo

Manter os negócios funcionando é uma das prioridades dos governos federais e estaduais. Mas isso não significa permitir que as empresas exponham seus colaboradores a riscos.

Para isso, estão sendo tomadas diversas medidas que visam ajudar o gestor a ter um “gás” e a conseguir pagar as suas contas, principalmente a folha de pagamento, mesmo sem entradas significativas no caixa.

Entre as medidas do governo federal estão: adiar parcelas do Simples e o depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) e permitir que os empresários reduzam o tempo de serviço dos empregados.

A Federação Brasileira de Bancos, Febraban, e os maiores bancos estaduais e nacionais informaram que estão dispostos a prorrogarem as dívidas por até 60 dias, além de ampliarem a oferta de créditos especiais para empresas. Nesse caso, contudo, é preciso atenção em relação à taxa de juros e tempo para o início do pagamento.

O governo federal também anunciou uma linha de crédito emergencial de R$ 40 bilhões destinada ao pagamento de salário dos próximos dois meses de funcionários de pequenas e médias empresas (ou seja, para aqueles negócios que faturam por ano entre R$360 mil a R$10 milhões).

Esse crédito deverá ser destinado apenas ao pagamento dos funcionários e o valor irá direto para a folha de pagamento. No caso, os colaboradores que recebem até dois salários mínimos continuarão a ter o mesmo rendimento. Para os que ganham acima disso, ficará a critério da empresa complementar ou não o valor acima dos dois salários.

Além disso, é importante ter jogo de cintura. Vale tentar negociar com os fornecedores um novo prazo de pagamento e também com o locatário do ponto comercial, verificando a possibilidade de adiar ou parcelar a fatura.

Legislação

Com a pandemia de coronavírus, algumas questões também passaram por alterações em relação à legislação trabalhista, com destaque para a Medida Provisória 927, que terá validade até 31 de dezembro de 2020.

Algumas medidas que foram permitidas com a MP são:

  •         teletrabalho;
  •         antecipação das férias individuais;
  •         concessão de férias coletivas;
  •         aproveitamento e antecipação de feriados;
  •         banco de horas;
  •         suspensão das exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho;
  •         diferimento do recolhimento do FGTS.

Devido à situação de calamidade pública, a lei permite que qualquer funcionário possa trabalhar em sistema de home office, desde que isso seja comunicado pelo empregador com antecedência de 48 horas. E, nesse período, não há necessidade de acordo individual ou coletivo e nem alteração no contrato de trabalho.

Assim como também não há obrigatoriedade da empresa fornecer os equipamentos ao trabalhador, sendo que ele poderá trabalhar com seus próprios meios, de casa. Porém, a medida provisória não dispensou o controle da jornada.

Em relação às férias, a MP permite que o empregador antecipe as férias de qualquer um dos seus colaboradores, desde que o colaborador seja comunicado por escrito ou por meio eletrônico com 48 horas de antecedência. No caso das férias coletivas, é preciso notificar o conjunto de empregados com antecedência mínima de 48 horas.

Se você decidir fechar sua empresa por alguns dias e decretar férias coletivas, terá de pagar os salários, sendo possível acordar individualmente a compensação de jornada.

Inovação: o caminho para as empresas não pararem

Apesar de todas essas medidas, muitos empresários ainda estão preocupados – e com razão. Afinal, não se sabe até quando as orientações de isolamento social serão mantidas e nem qual é a previsão para que a pandemia se dissipe ou a cura seja encontrada.

E, no meio de tanto caos, uma coisa é certa: a necessidade de inovar e se reinventar. Com os trabalhadores em casa e menos pessoas dispostas a comprarem, é preciso repensar seus meios de produção, de venda e até de entrega.

Adequação à nova realidade

O que temos visto são diversos empresários se reinventando e encontrando novas maneiras de se manterem na ativa. São comércios que passaram a fazer entregas e usar aplicativos e redes sociais para se comunicarem melhor com os clientes, escolas e academias que investiram nas aulas e treinos online e até médicos e clínicas de saúde com opções de teleatendimento.

Para as empresas maiores, o home office virou uma realidade. E nesse momento muitos gestores perceberam a necessidade de tecnologias capazes de integrar suas equipes e de fornecer insights sobre todos os setores, melhorando a comunicação e a produtividade dos diferentes times.

Muitos estão repensando até mesmo os seus produtos e serviços, adequando o mix as novas necessidades dos consumidores. Alguns negócios têm focado no voucher para continuar vendendo, permitindo que os clientes comprem agora e retirem o produto ou serviço quando o comércio voltar ao normal.

Marketing e relacionamento com os clientes

De qualquer forma, é imprescindível focar no marketing e no relacionamento com seus clientes. Estar próximo dessas pessoas é fundamental, entendendo seus anseios e necessidades e buscando formas de se adaptar à nova realidade e de diferenciar o seu negócio, principalmente pensando na ética e na responsabilidade com seus funcionários.

Muitos clientes estão atentos ao que as empresas vêm fazendo. Nas redes sociais, é possível encontrar listas de negócios “bem vistos” e “mal vistos”, dependendo das atitudes dos gestores, como defender que seus empregados voltem ao trabalho ou demissão em massa.

Sabemos que um dia a pandemia irá passar. E quando isso acontecer, qual imagem seus consumidores terão da sua marca? De uma empresa que tentou se adaptar à realidade e fez de tudo para manter a segurança dos colaboradores ou uma que apenas visou o lucro e não tentou nada de novo para a sociedade?

Criatividade e antecipação das dificuldades

É claro que todo o planejamento feito para 2020 foi impactado. É preciso rever as metas, adequar o que for possível e cortar o que não é extremamente necessário. As empresas terão que aprender a fazer mais com menos.

Além disso, o planejamento será de suma importância para os próximos meses. Tente identificar as principais dificuldades que o seu negócio enfrentará em breve. Faça uma lista com todas elas e tente encontrar entre 1 a 3 soluções para cada situação.

Nunca, na história das empresas, a criatividade foi tão importante. A sociedade já vinha passando por um período de inovação e de modificação das formas de fazer negócio. Porém, com a pandemia, esse processo foi acelerado em níveis ainda mais urgentes.

Esse é o momento de ousar, criar novas formas de fazer ou vender, implementar novos produtos ou serviços e criar maneiras diferentes de manter o negócio girando.

Pense em como atender melhor seu cliente, como negociar com fornecedores e como gerenciar suas equipes. Muitas lições dessa pandemia serão incorporadas nas empresas.

Vários gestores já têm notado, por exemplo, os benefícios do home office, principalmente em termos de redução de custos. E outros passaram a investir em tecnologia, principalmente na questão digital, atingindo públicos diversos. Realidades que poderão ser mantidas após a pandemia.

O que sabemos é que o mundo como conhecemos já não existe mais. Tudo está diferente. E para que as empresas se mantenham, é essencial se adaptar e inovar. Fazer diferente, com ética e preocupação com seus funcionários e clientes.

Não será um período fácil. Infelizmente, muitas demissões vão ocorrer, assim como algumas empresas sofrerão baixas devido ao vírus. Mas esse não é o momento para desanimar. Aproveite para testar novas soluções, produtos, serviços, modos de gerir e, claro, para incorporar a tecnologia ao seu negócio.

E, para você, as empresas vão parar nesta pandemia ou ainda há formas de continuar lutando? Compartilhe essas dicas e informações com seus amigos gestores!

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