Nos últimos anos, a transformação digital não só se intensificou como também mudou de escala. Empresas em todo o mundo estão investindo em SaaS, PaaS e IaaS para ganhar agilidade, inovação e eficiência.
Segundo previsão da Gartner, os gastos globais de usuários finais com serviços de nuvem pública devem alcançar US$ 723,4 bilhões em 2025.
Dentro desse montante, espera-se que o segmento de PaaS (Platform as a Service), chamado pela Gartner de “Cloud Application Infrastructure Services”, registre crescimento próximo a 21,6%, subindo de cerca de US$ 171,6 bilhões em 2024 para US$ 208,6 bilhões em 2025.
Diante disso, gestores de TI, engenheiros DevOps e executivos de tecnologia têm interesse crescente no modelo de PaaS.
Mas afinal, o que é PaaS, como ele se compara a SaaS e IaaS, e de que forma pode transformar a infraestrutura de uma empresa em termos de automação, integração com ERP, workflows e inovação contínua?
Como funciona o sistema PaaS e para que serve na prática
O PaaS (Platform as a Service) é um modelo de computação em nuvem que fornece uma plataforma completa para desenvolvimento, execução e gerenciamento de aplicações.
Diferentemente do IaaS, em que a empresa precisa gerenciar servidores, armazenamento e rede, o PaaS oferece um ambiente pronto para que equipes de TI foquem no que realmente importa: criar, testar e implantar softwares.
Na prática, o PaaS disponibiliza:
- Sistemas operacionais pré-configurados;
- Banco de dados;
- Frameworks de desenvolvimento;
- Ferramentas de automação (CI/CD);
- Monitoramento e escalabilidade automática.
Isso significa que, ao invés de gastar tempo configurando servidores e lidando com atualizações de segurança, os desenvolvedores podem iniciar projetos de forma imediata.
O PaaS serve, portanto, para acelerar a inovação, reduzir custos com infraestrutura e permitir maior integração entre diferentes times de TI e negócios.
Principais diferenças entre PaaS, SaaS e IaaS
Embora façam parte do mesmo ecossistema de cloud computing, SaaS, PaaS e IaaS têm propósitos bem diferentes dentro das empresas. A melhor forma de entender é analisar cada modelo de forma individual.
SaaS
O SaaS (Software as a Service) é o mais conhecido entre eles. Nesse modelo, o usuário final acessa um software pronto diretamente pela internet, sem precisar instalar nada em servidores internos ou fazer manutenção.
É o caso de ferramentas como Google Workspace, ou até um ERP em nuvem, como o ERP Sankhya.
Para quem busca saber o que é SaaS, a resposta é simples: trata-se de consumir o software como um serviço, pagando pelo uso e com atualizações automáticas feitas pelo fornecedor.
PaaS
Já o PaaS (Platform as a Service) é voltado para equipes de desenvolvimento. Ele fornece uma plataforma completa para criar, testar e implantar aplicações, incluindo sistemas operacionais, bancos de dados, frameworks e ferramentas de automação.
Com isso, os desenvolvedores não precisam se preocupar com a configuração de infraestrutura e podem focar diretamente na inovação e na lógica de negócio.
Esse modelo é especialmente útil para empresas que precisam lançar aplicativos rapidamente ou integrar workflows com outros sistemas, como ERPs.
IaaS
Por sua vez, o IaaS (Infrastructure as a Service) oferece a base da infraestrutura de TI em nuvem, como servidores virtuais, armazenamento e rede.
É um modelo mais flexível e próximo do “faça você mesmo”, permitindo que a empresa monte seu próprio ambiente de acordo com as necessidades. Diferente do PaaS e do SaaS, o IaaS exige que a equipe de TI gerencie uma parte maior da configuração e da manutenção do sistema.
Em resumo, enquanto o SaaS entrega um software pronto para uso, o PaaS oferece uma plataforma para desenvolvimento de soluções, e o IaaS disponibiliza a infraestrutura bruta, mas sob responsabilidade do cliente.
Compreender essas diferenças é essencial para gestores de TI decidirem quando faz sentido apostar em software as a service, em platform as a service ou em infraestrutura em nuvem em vez de manter o modelo on premise.
Vantagens do PaaS para empresas e equipes de TI
Adotar o PaaS pode trazer benefícios estratégicos tanto para gestores quanto para engenheiros de DevOps. Separamos alguns, confira:
- Agilidade no desenvolvimento – equipes iniciam projetos rapidamente sem gastar tempo em configuração de ambiente.
- Escalabilidade automática – capacidade de aumentar ou reduzir recursos conforme a demanda.
- Redução de custos – elimina a necessidade de comprar hardware físico e reduz investimentos em manutenção.
- Integração com APIs e ERPs – facilita a automação de processos empresariais.
- Foco na inovação – desenvolvedores concentram-se na lógica de negócio, em vez de tarefas de infraestrutura.
- Colaboração em tempo real – times distribuídos conseguem trabalhar em um mesmo projeto de forma integrada.
Para empresas que precisam lançar novos produtos digitais com rapidez, o PaaS é uma ferramenta-chave para ganhar vantagem competitiva.
Aplicações reais do PaaS em negócios digitais
O PaaS não é apenas uma tendência tecnológica, já é amplamente usado em diferentes setores. Alguns exemplos práticos:
- E-commerce: criação de aplicativos móveis integrados ao ERP para melhorar a experiência do cliente e automatizar estoque.
- Fintechs: desenvolvimento ágil de soluções de pagamento, com escalabilidade sob demanda em dias de alto volume de transações.
- Indústrias: integração de sistemas de chão de fábrica com plataformas de análise em nuvem, otimizando produção.
- Educação: universidades que usam PaaS para desenvolver ambientes virtuais de aprendizagem personalizados.
Esses casos mostram como o PaaS ajuda empresas a se tornarem mais digitais, conectadas e escaláveis.
PaaS x On-Premise: qual modelo é mais vantajoso?
Quando falamos em PaaS (Platform as a Service) e no modelo on-premise (ou on premises), estamos comparando duas formas bem diferentes de estruturar a TI de uma empresa.
O on-premise representa o modelo tradicional, no qual a organização compra servidores físicos, instala softwares em suas próprias máquinas e assume toda a responsabilidade por manutenção, segurança e atualizações.
Já o PaaS transfere essa carga para o provedor de nuvem, que entrega um ambiente pronto e escalável para desenvolvimento e execução de aplicações.
A primeira grande diferença está no custo inicial.
Enquanto o on-premise exige altos investimentos em hardware, data centers e licenças de software, o PaaS funciona sob demanda: a empresa paga apenas pelo uso da plataforma, sem necessidade de grandes desembolsos no começo.
Além disso, no PaaS, a escalabilidade é automática (basta aumentar ou reduzir recursos conforme a demanda), enquanto no on-premise o crescimento é limitado pela infraestrutura física adquirida.
Outro ponto de destaque é a flexibilidade. Com o PaaS, as equipes de TI conseguem implantar novos projetos rapidamente, sem depender de longos processos de compra e configuração de servidores.
No modelo on-premise, por outro lado, a implantação costuma ser mais demorada e engessada, uma vez que tudo precisa ser configurado e mantido internamente.
A questão da manutenção também pesa bastante na comparação.
No on-premise, o time de TI precisa dedicar parte significativa do tempo a atividades operacionais, como atualizações de sistema, correções de segurança e substituição de hardware.
Já no PaaS, essas responsabilidades ficam sob os cuidados do provedor, liberando os profissionais para se concentrarem em inovação, automação de workflows e integração de sistemas, como o ERP.
Isso não significa que o modelo on-premise esteja obsoleto. Ele ainda faz sentido em casos específicos, como quando a empresa precisa de controle absoluto sobre dados ou possui exigências regulatórias rígidas que impedem a migração para a nuvem.
No entanto, para a maioria dos negócios digitais que buscam agilidade, escalabilidade e redução de custos, o PaaS se mostra claramente mais vantajoso.
Como o PaaS pode ajudar a automatizar workflows no ERP
Uma das maiores vantagens do PaaS é sua integração com sistemas de gestão empresarial (ERP). Ao conectar o ERP a uma plataforma PaaS, é possível automatizar workflows críticos, como:
- Financeiro: integração automática de dados bancários com conciliações em tempo real.
- Logística: atualização de status de entrega com base em sistemas de transporte integrados.
- RH: automação de processos de admissão, folha de pagamento e comunicação com órgãos governamentais.
- Vendas: criação de dashboards personalizados com dados vindos de diferentes canais digitais.
No caso do ERP Sankhya, por exemplo, o uso de PaaS pode ampliar a capacidade de customização de processos, tornando o sistema ainda mais aderente às necessidades específicas de cada negócio.
Conclusão
O PaaS (Platform as a Service) é muito mais do que uma tendência em TI, trata-se de uma solução prática para empresas que buscam agilidade, inovação e redução de custos.
Ao entender as diferenças entre SaaS, PaaS e IaaS, gestores de TI e executivos de tecnologia podem tomar decisões mais assertivas sobre qual modelo adotar em cada projeto.
Do ponto de vista prático, o PaaS se destaca por acelerar o desenvolvimento de aplicativos, integrar workflows com ERPs e oferecer escalabilidade sem os custos de um ambiente on-premise.
Se sua empresa está em busca de flexibilidade e evolução digital, o próximo passo é conhecer como um ERP robusto pode se beneficiar dessa integração.