MRP e MRP II: O que são e como ajudam a planejar a alocação de recursos?
Entenda como o MRP e o MRP II podem agregar no planejamento de recursos da sua empresa!...

A área industrial exige planejamento em todos os níveis, bem como um impecável controle de processos, despesas e qualidade. É preciso buscar continuamente a excelência.
E por mais que existam diversas ferramentas e metodologias para alcançar esses objetivos, 2 opções vêm se mostrado especialmente eficientes no planejamento industrial: o MRP e o MRP II.
A seguir, vamos mostrar a diferença entre esses conceitos, como e quando eles devem ser aplicados na indústria e os demais propósitos a que essas metodologias podem servir em uma empresa. Ficou interessado? Então continue lendo ou escute abaixo esse conteúdo.
O que é MRP?
A sigla vem do inglês, referindo-se a Materials Requirement Planning, que pode ser traduzido como planejamento de necessidades de materiais.
O MRP surgiu nos anos 1960, quando diversas indústrias se depararam com a necessidade de contar com um sistema automatizado a fim de planejar a alocação dos recursos necessários para dar andamento a uma produção não apenas suficiente, mas de qualidade.
O MRP consegue então prever a quantidade de materiais necessários na linha de produção para atender a uma determinada demanda.
O sistema faz cálculos complexos, que incluem o volume da produção, o tempo de fabricação e as matérias-primas usadas.
Integrado ao setor de vendas, o MRP consegue prever quando os materiais necessários no estoque atingirão nível de escassez, fornecendo assim as informações necessárias para a tomada de decisões.
Vamos usar um exemplo para facilitar o entendimento. Pensando que uma indústria de pães, por exemplo, necessite de farinha, ovos, leite, manteiga e fermento.
A ferramenta vai analisar a disponibilidade de todos esses produtos e ajusta de acordo com a quantidade. Ele vai analisar a capacidade para produzir uma certa quantidade de acordo com os níveis de estoque, diminuindo assim, retrabalhos e custos na produção.
Entenda o MRP II
O MRP II é um descendente direto do MRP I que também tem foco no controle e no planejamento. A grande diferença é que o MRP II está voltado para os impactos futuros da produção sobre os setores de engenharia e de finanças.
Aqui não é controlada apenas a falta de um material, mas todo o impacto de custos que um possível aumento de demanda futura pode trazer ao negócio.
Esse sistema é empregado para viabilizar o planejamento da expansão, o aumento da produção ou a adequação da demanda, garantindo que, quando for preciso, a empresa terá disponíveis os materiais necessários para suprir uma mudança na linha de produção.
Voltando ao nosso exemplo, além de analisar a quantidade de matéria-prima disponível, o MRP II, analisa também outros fatores ligados à produção, como disponibilidade de capital financeiro, máquinas e recursos humanos.
Saiba aplicar cada MRP à sua empresa
O MRP I é fundamental para que a indústria consiga controlar e planejar sua produção rotineira, sendo capaz de acionar diferentes fornecedores no momento adequado.
Para isso, é preciso que os gestores alimentem o sistema com a carta de pedidos adequada para que os cálculos de materiais, de tempo de entrega e estocagem dessas matérias-primas sejam feitos.
Já o MRP II tem uma função mais estratégica, focando no crescimento da empresa de maneira integrada.
Com ele é possível dimensionar os impactos causados por uma expansão do negócio, incluindo desde a mudança em protocolos de engenharia a ajustes no setor financeiro ou mesmo no relacionamento com fornecedores. Pensando em aprofundar um pouco mais o tema e de forma didática, o Mestre do ERP, explora o controle de produção e a aplicação dos MRP e MRP II no vídeo a seguir.
Vá além da manufatura
Ambos os sistemas foram desenvolvidos, primeiramente, para indústrias manufatureiras. No entanto, desde o fim dos anos 1980, sua aplicabilidade foi expandida para setores de diversos segmentos. Isso se deu pela descoberta que o MRP I e o MRP II facilitam o controle de diversos processos industriais, como:
- o controle da demanda atual;
- o gerenciamento da carteira de pedidos;
- a previsão de impactos causados pelo aumento da demanda;
- o controle de estoque e da logística;
- o planejamento de ações estratégicas de engenharia;
- o controle financeiro focado no processo industrial.
Mas atenção: por mais que sejam bastante poderosas, essas ferramentas não devem ser usadas de maneira isolada dos demais processos da indústria.
Por isso, existem soluções que integram o MRP e MRP II a todos os processos da gestão de indústria — em especial os ERPs, que surgiram da expansão do MRP com o intuito justamente de integrar todas as áreas da empresa.
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